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Expectativa para o Inverno

O próximo Inverno turístico, que vai de Novembro a Março, é, de um modo geral, pouco previsível para a maioria dos hoteleiros madeirenses em termos do que será a taxa de ocupação, até porque corresponde a uma época baixa de turismo para a Região.

A verdade é que o optimismo não reina e as expectativas são mais do género “vamos esperar para ver”, isto apesar dos números de entradas de turistas na Região nos últimos três meses evidenciarem alguma retoma.
No entanto, um sentimento comum é de que terá de haver uma forte aposta na promoção do destino Madeira, quer no mercado interno quer no mercado externo, para assegurar uma retoma contínua.

Segundo o presidente da Mesa da Hotelaria na Associação Comercial e Industrial do Funchal, Manuel Duarte, que é também director do Hotel Meliã Madeira Mare, as expectativas para o próximo Inverno não são as melhores, “até porque trata-se de uma época baixa, o que já é mau”.
Todavia, considera que “poderá ser menos má”, atendendo, disse, “ao facto dos indicadores a partir de Julho terem começado a recuperar”, destacando, nomeadamente, o mercado alemão, “em virtude da Alemanha estar melhor economicamente”. Todavia, realça que outros mercados, como o irlandês e o britânico, “já não estão tão bem”.
“Há mercados que estão a funcionar melhor que outros, mas é preciso posicionar-mos bem para estarmos agressivos no mercado, com uma promoção forte”, acentua.
A contribuir para a incógnita sobre o que será a ocupação hoteleira durante o Inverno, Manuel Duarte destaca também o facto do mercado estar a “funcionar muito em cima da hora”, pelo que os hoteleiros muitas vezes não sabem no início do mês qual será a ocupação expectável para o mês ou para o seguinte.

Todavia, destaca que não é só a hotelaria madeirense que está a trabalhar muito à base do “last minute”, salientando que esse é um sentimento da “hotelaria a nível mundial”.
“Vive-se muito à base de ofertas especiais e as pessoas estão sempre à espera de ofertas em cima da hora”, realça o presidente da Mesa da Hotelaria.
Por outro lado, considera que seria “negativo” e “mau” se a taxa de ocupação durante o próximo Inverno fosse semelhante à do ano passado, sublinhando ser necessário “crescer” e acrescentando que “o corrente ano foi muito complicado por causa de todos os acontecimentos logo do princípio do ano, apenas melhorando no Verão”.
Para acentuar o negativismo vivido no seio dos hoteleiros, Manuel Duarte refere que as reuniões da Mesa da Hotelaria “têm tido muita aderência, pois as pessoas sentem que é preciso fazer qualquer coisa” pois, refere, “está-se a praticar preços muito baixos e os hoteleiros sentem que estão muito subjugadas às leis do mercado, que está desequilibrado”.
Deste modo, acentua haverem muitos empresários do sector hoteleiros “com muitas dificuldades para pagarem as salários ao fim do mês”, lamentando que “para circular dinheiro seja preciso baixar preços”.

Estamos pior que no ano passado

Por seu lado, João Sanches, director do Hotel Tivoli Madeira, disse estar “ainda muito pessimista em relação ao próximo Inverno”.
Deste modo, adiantou que a nível das reservas individuais para o Inverno os números “estão inferiores aos do ano passado, mas no que diz respeito a grupos há mais pedidos, especialmente para 2011”.
Neste âmbito, admitiu “haver alguma guerra de preços” na hotelaria, mas considera que “tal é normal face a tanta cama disponível”, especialmente no que se refere a grupos.
Quanto à questão do “last minute”, João Sanches realça tratar-se de uma tendência que tem a ver com os mercados e com os operadores turísticos, “pois há mercado mais sensíveis às promoções de última da hora que outros”.
“De uma maneira geral estamos pior que no ano passado, isto tendo em conta que se passaram várias situações que prejudicaram o destino”, acentua, isto apesar de reconhecer que “estamos em condições de poder, devagarinho, dar a volta”.
João Welsh, delegado na Madeira da Associação Portuguesa de Agências de Viagem e Turismo (APAVT), considera que as expectativas para a actividade turística no próximo Inverno não são as melhores, realçando que praticamente todos os mercados europeus vivem situações mais ou menos difíceis em termos económicos, “exceptuando o mercado alemão, que é um mercado, fruto da economia estar a reagir bem neste momento, que acreditamos que poderá ser um mercado que irá crescer, juntamente com alguns mercados escandinavos”.
As “minha expectativa é muito conservadora”, acentuou.

Aposta na promoção é fundamental

O presidente da Mesa da Hotelaria da ACIF considera que a Região “tem um produto fantástico e que as pessoas adoram cá vir”, mas sublinha ser necessária uma “promoção forte, que é o que nos falta”, de modo, acrescentou, a enchermos os aviões e aproveitar as várias ligações directas que existem actualmente para vários mercados europeus.
Manuel Duarte sublinha, assim, a necessidade de “aparecer mais dinheiro” para a promoção, referindo-se ao que será planeada para o próximo ano em termos de orçamento regional.
Também o director do Hotel Tivoli Madeira considera ser necessário “passar a ideia junto de todos os nossos governantes e responsáveis de que esta ilha vive do turismo”. Defende que “todas as verbas possíveis e imaginárias”, “têm de ser aplicadas na promoção, pois o turismo mexe com toda a economia da ilha”. “Não podemos desistir e temos de aparecer e estar visíveis em todo o que é sítio”, realça João Sanches.
Por outro lado, o delegado da APAVT na Madeira, João Welsh, não tem dúvidas em afirmar que “a aposta na promoção do destino tem de passar por mais verbas, pois não podemos querer diversificar a promoção em mais mercados e a querer fazer muitas iniciativas com muito pouco dinheiro”.
“Muito com muito pouco é uma equação impossível”, acentua, considerando que “sem mais verbas para a promoção vai ser difícil ultrapassar as nossas dificuldades”.

Subida de impostos vai dificultar competitividade
É opinião comum nos hoteleiros e agentes de viagens que ouvimos, que o recente anúncio por parte do Governo da República de aumento de impostos, nomeadamente do IVA, irá dificultar ainda mais a competitividade da actividade turística da Região face a outros destinos.
A Associação Comercial e Industrial do Funchal, através do presidente da Direcção, Duarte Rodrigues, já veio a público manifestar a sua expectativa de que o Governo mantenha a taxa de IVA reduzido para o alojamento turístico (4%), uma vez que o agravamento desta taxa irá retirar competitividade à hotelaria madeirense e dificultar ainda mais as contas dos hoteleiros, que já praticam preços com reduzida margem de lucro.
De qualquer modo, a subida previsível do IVA intermédio, que irá repercutir-se nos preços dos serviços praticados pela hotelaria, e do IVA máximo será mais um factor a agravar as dificuldades do sector hoteleiro e da actividade turística em geral.
Por outro lado, há uma cada vez maior pressão por parte dos operadores turísticos no sentido de que a hotelaria pratique preços ainda mais reduzidos, o que, naturalmente, aliado à subida de impostos vai dificultar ainda mais a actividade hoteleira que tem tido um ano particularmente difícil.
Para o presidente da Mesa da Hotelaria da ACIF, Manuel Duarte, “tudo o que implique redução da margem de lucro é penoso, pois já temos uma dificuldade enorme em vender ao preço que termos estipulado”.
Por outro lado, realça “a constante pressão” por parte dos operadores turísticos para que a hotelaria baixe os preços praticados, mesmo quando já existem contratos efectuados. “Nós repudiamos completamente este tipo de atitude por parte dos operadores turísticos, daí a nossa recente posição sobre este assunto”, acrescenta.
João Sanches, director do Hotel Tivoli Madeira, considera que a subida do IVA “vai prejudicar as contas de todos, nomeadamente de quem tem ainda alguma verba para viajar.
Por outro lado, considera “uma afronta” as pressões que estão ser feitas pelos operadores turísticos junto das unidades hoteleiros, sublinhando “que nos últimos dois praticamente ninguém conseguiu aumentar os preços, antes pelo contrário”.
“Somos penalizados em todas as frentes, nomeadamente agora com mais esta subida do IVA. Portanto, vir pedir mais sacrifícios aos hoteleiros é uma afronta, quando na verdade o número de clientes não aumentou”, sublinha.
O delegado na Madeira da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT), João Welsh, também realça que a subida de impostos, em particular o IVA, não são boas notícias para o sector turístico, considerando que o mercado interno poderá ser prejudicado face ao aumento previsto.

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