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Madeira quer novo circuito nacional com escalas em Canárias e Cabo Verde

A presença no Seatrade, em Miami, além de possibilitar “sentir” o mercado dos cruzeiros, permitiu aos Portos das Madeira estabelecerem contactos e definirem uma estratégia em termos de portos nacionais, no sentido de poderem serem oferecidas novas rotas que contemplem a passagem pelos portos portugueses, por Canárias e por Cabo Verde.
Quem o diz é Bruno Freitas, presidente do Conselho de Administração dos Portos da Madeira. “Entendemos que temos condições de conseguir uma abordagem junto das companhias para lhes mostramos que os portos dos Açores, da Madeira, do continente e de Cabo Verde e de Canárias podem ser rotas a explorar.”



Além do prémio atribuído por uma revista da especialidade ao Porto do Funchal em Miami, que mais há a registar da presença da Madeira no Seatrade?

A participação em qualquer feira tem como principais objectivos manter o contacto e os elos de ligação, nomeadamente com outras instituições. Ninguém vai às feiras e traz pacotes de negócios. Mas consegue ascultar as perspectivas do sector através dos contactos com outras autoridades portuárias e companhias de navegação.
O que aconteceu em Miami foi positivo. Constituiu o reconhecimento do esforço que todos desenvolvem, nomeadamente dos trabalhadores portuários, dos agentes de navegação, das autoridades e da população.

Como sentiu o pulsar do sector?
Está extremamente optimista quanto aos anos futuros, e inclusivamente também para este ano.
Nas conferências que decorreram e nos contactos que mantivemos sentimos unanimidade que haverá crescimento nos anos a seguir a 2009, que está melhor que 2008.
A indústria dos cruzeiros começa a ser um refúgio para combater a diminuição no turismo tradicional. Há, de certa forma, uma deslocação das férias tradicionais para a utilização dos cruzeiros, cuja oferta é cada vez maior, com pacotes mais baratos, contribuindo para a massificação da oferta, que se reflecte nas perspectivas de negócio das companhias.

Tarifário atractivo

Que incentivos continua a dar a Madeira para captar as companhias de cruzeiros?
Continuamos a ter um tarifário atractivo. Apresentamos pacotes com descontos, nomeadamente no reabastecimento de água. E, obviamente, o principal incentivo é criarmos condições de operação para que a sazonalidade que caracteriza a operação dos navios de cruzeiro na Madeira, entre Maio e Setembro, se possa esbater.
Foi também com esse objectivo que estivemos em Miami para estabelecer contactos e definir uma estratégia em termos de portos nacionais no sentido de podermos oferecer rotas que contemplem a passagem por portos portugueses, e também com Canárias e Cabo Verde.
Considera possível conseguir mais companhias a fazerem rotações regulares na Madeira, além da Thomson Cruises, Aida Cruises, Costa Cruises, e, agora, numa operação de Verão, com a Pullmantur, para esbater a referida sazonalidade, muito acentuada com os paquetes que vêm para “cima”, para o Mediterrâneo e norte da Europa, em Abril, e para “baixo”, para as Caraíbas, em Novembro?
A Madeira insere-se numa rota. O que conseguirmos é um trabalho conjunto...
Trabalho de todos

Quando diz conjunto inclui as parceiras Canárias e, conforme disse anteriormente, Cabo Verde e os portos nacionais?
A Madeira tem trabalhado muito em parceria com Canárias. Mas, consideramos agora que, numa estratégia nacional, devemos começar a cativar rotas que passem pelos portos nacionais. É um trabalho de todas as autoridades portuárias, onde vamos trabalhar.
Os circuitos tradicionais começam a ficar saturados com cada vez mais navios. As pessoas começam a repetir rotas e não é isso que pretendem.
Neste âmbito, entendemos que temos condições de conseguir uma abordagem junto das companhias para lhes mostramos que os portos dos Açores, da Madeira, de Cabo Verde e de Canárias podem ser rotas a explorar.
Devo dizer que uma das questões que se falou em Miami, no Seatrade, foi que, à semelhança do que se fez para os transportes aéreos, seria oportuno serem criadas políticas de incentivos às administrações portuárias para a promoção, participação em feiras e para a criação de rotas.
Estamos conscientes, pelos contactos que os portos nacionais têm tido e pela oferta e impacto que estão a ter, que poderemos quebrar alguma sazonalidade.

Quem tem de dar o primeiro passo para potenciar esta nova rota?
Somos nós, através de um trabalho conjunto. Agora, vamos definir uma estratégia para podermos ir à procura dos armadores . Um trabalho para começar a ser feito agora e que terá frutos a partir de 2010, 2011...

Neste momento não existe a atribuição de quaisquer verbas para estimular novas rotas marítimas?
Não. Do ponto de vista de fundos não há nada destinado a promoções.

O click

Qual o click que falta para atrair o passageiro que opta pelas rotas tradicionais com saídas de Barcelona e arredores, de Veneza e arredores, e nas ilhas gregas?
Não é o que falta. Neste momento o mercado é que oferece condições para os navios aportarem. Mas começamos a assistir a um afastamento das saídas de Barcelona para Málaga devido ao congestionamento do porto da Catalunha.
Deste modo, a Madeira, a partir do momento que tenha condições para ter um circuito com mais dignidade do que acontece actualmente, pode criar condições para uma companhia, que tem necessariamente de ser de navios muito grandes, possam começar a fazer mais operações na região.

São condições que a nova gare vai proporcionar?
Não só. Passa por criarmos uma estratégia de ligação com os aeroportos, de forma a incentivarmos a vinda de passageiros por via aérea e potenciarmos não a passagem de passageiros em trânsito mas que embarquem e embarquem e desembarquem. A região está perfeitamente consciente disto.
A partir do momento em que se consiga cativar este negócio, as próprias companhias começarão a procurar este ponto.
Rentabilizar

Mas essa é das tais acções que corre o “risco” de dar em fartura e encontrar constrangimentos na dimensão do porto...
A questão da dimensão dos portos acontece em qualquer parte do mundo. A procura de novos destinos advém um pouco pelos tais congestionamentos. Agora, temos de ter atenção que, quando se fala em congestionamento, e estamos conscientes disso, estamos satisfeitos com a época alta. Existem dias em que temos congestionamentos. Quem me dera tê-los todo o ano. E, se tal acontecesse teríamos de pensar numa solução muito rápida para se proceder à expansão do porto.
Neste momento, a nossa preocupação é estudar a rentabilização das infra-estruturas que estão a ser criadas nos períodos de época mais baixa.

A aposta da Pullmantur constitui mais um passo?
É um bom indício. E as indicações que temos é que haverá um novo operador a entrar na linha em 2010 no período de inverno.

Quem?
Não é legítimo da minha parte anunciá-lo.
Porto pronto até final do ano

Acaba de vir do porto [sexta-feira]. Foi uma visita normal ao andamento das obras?

É a rotina da semana. O andamento da obra está a decorrer bem para ficar concluída até o final do ano.

Ainda há uma certa preocupação dos madeirenses em relação ao acesso ao porto do Funchal.
Neste momento tem condicionalismos devido à própria obra e pela criação de zonas de acesso reservado e restrito.
Com a conclusão da obra, as pessoas vão ter acesso ao porto. E, tal como acontece no aeroporto, existirão zonas de controlo.

As normas de segurança obtidas em Janeiro pelos Portos da Madeira irão traduzir-se em mais navios de cruzeiro no porto do Funchal ou antes era uma exigência para segurar os que já cá estão?
Poderá potenciar a vinda de outros.
É um factor estratégico e competitivo termos um porto certificado que garante aos armadores atracarem com todas as condições e garantias das normas de segurança internacional.

Vantagem competitiva

A gare do porto do Funchal vai ser uma vantagem competitiva para os cruzeiros na Madeira?
A gare vai ser mais uma vantagem competitiva para quebrar a sazonalidade, além de oferecer condições mais dignas aos passageiros que já cá passam.

Até que ponto foi importante a presença da dra. Conceição Estudante, secretária regional do Turismo e Transportes, no Seatrade, em Miami?
Na actual conjuntura, a estratégia de juntarmos o Turismo aos Transportes foi muito importante pela articulação que permite entre o Turismo tradicional, os aeroportos, os portos e os transportes terrestres.
Neste sentido, a presença da senhora secretária regional do Turismo e Transportes no Seatrade, em Miami, fortaleceu esse laço.Todos apreciaram o facto de estar uma secretária regional de um governo a apoiar na feira e sublinharam o facto de haver esta realidade.

Mudando de assunto. A questão do movimento de cargas no navio da Naviera Armas está ultrapassada?
Está tudo completamente sanado. Não se tratou de nenhuma confusão, antes por questões que têm a ver com a própria operação e congestionamentos no porto.
Falamos com o armador e tudo tem decorrido com normalidade.

Pouco se fala do porto do Caniçal. Como estão a decorrer as operações?
Estão bem. Neste momento, está a passar por uma obra de repavimentação.

E o Porto Santo? Tem andado um pouco esquecido pelos navios de cruzeiros.
Temos conversado com os agentes de navegação no sentido de potenciar algumas escalas, oferecendo isenções de taxas...
Estamos conscientes que não é tarefa fácil. Não que não queiramos mas por decisão dos próprios armadores.

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