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Macau quer mais turistas portugueses

João Manuel Costa Antunes, director dos serviços de Turismo de Macau deixou bem evidente durante o 34º Congresso Anual da APAVT, que terminou neste território, que quer mais turistas de Portugal. Lançou mesmo um repto para que os operadores estudem a possibilidade de concretizar viagens de avião entre a “Costa oeste da Europa” (para aproveitar a boleia da promoção nacional) e Macau.
Um dos factores que apresenta para alavancar o incremento de fluxos é a celebração dos 10 anos da transferência da administração portuguesa para a China, que ocorreu em 1999, e que em 2009 será assinalado com pompa e circunstância, pese embora tenha mais valor histórico para os próprios macaenses e chineses.

Numa altura em que esta região com estatuto especial no seio da China se depara com alguns estrangulamentos por parte da restrição de vistos de Pequim para que cidadãos do país visitem o território do delta do rio das Pérolas, Costa Antunes aposta da diversificação de mercados para captar mais turistas. É evidente que Portugal é um caso especial, pelas razões históricas que o ligam a Macau, que administrou até a transferência da administração para a China, mas a verdade é que há o desejo evidente de incremento dos fluxos que já existem, embora pouco expressivos no meio dos milhões que visitam a região.

Aliás, Chui Sai On, secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, que tem a tutela do Turismo, disse claramente na sessão de encerramento do congresso que era seu desejo que os trabalhos desenvolvidos tenham contribuído para estreitar relações entre os sectores do Turismo de Macau e Portugal, e que, simultaneamente, potenciem a criação de novas bases de aproximação entre Portugal e a China.
O próprio responsável directo pelos serviços de Turismo de Macau teve oportunidade de confidenciar numa conversa que mantivemos à margem do Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo que Macau debate-se ainda com outro desafio que é fazer aumentar as médias um, dois dias de estadias para mais tempo, podendo com isso potenciar, por exemplo a realização de mais eventos culturais, realidade que tem alguma dificuldade em ampliar neste momento.

Macau promove mais destinos

Sublinhe-se que Macau tem insistido na promoção do território, mas de uma forma enquadrada com os destinos próximos como seja Hong Kong e Taiwan, com quem tem um acordo neste sentido, e também com a China continental. No fundo, a filosofia é a mesma que se espera de quem vá desde lado do mundo para a Europa. Ninguém vai apenas um país tendo que fazer tantas horas de avião.
No sentido de Portugal para cá, sabe-se que os principais operadores nacionais já estiveram cá a estudar o mercado. Agora no sentido inverso, estamos em crer que neste mercado crescente da China, existe muito trabalho a fazer.

Madeira desconhecida para casal japonês

Pelo que podemos ver nas montras de algumas agências de viagens em Macau, só pelas imagens porque, apesar do português ser uma das línguas oficias no território, e estar, de facto expresso por todo o lado, como os nomes das lojas e de ruas, nos A4 só em mandarim, havia pouca Europa. Eram mais propostas para este lado da Ásia. Uma das poucas que vimos para o Velho mundo era evidente a aposta em circuitos, com uma mescla de imagens de destinos como Itália, França e Espanha. De Portugal nada vimos.
Um dia destes conversei com um casal japonês já bem vivido, na Torre de Macau, onde decorreu o Congresso e uma das novas atracções de Macau. Fiquei a saber que tinha estado Portugal, que, para ele, se resumiu a Lisboa. Nada mais sabia do país. Quando disse que era natural de uma ilha portuguesa chamada Madeira, que ficava a cerca de uma hora e meia de avião de Lisboa, parecia estar a dizer que vinha de um planeta Krypton, de um sistema solar bem longínquo…

Fala-se pouco em português

Uma nota final para referir que em relação a Macau, comparativamente à vez anterior que cá tínhamos estado, em 1996, precisamente num congresso da APAVT, nota-se uma evolução no território. Além do incremento nas infra-estruturas, nomeadamente a hoteleira, notamos uma melhoria no domínio de outra língua que não o mandarim. Fala-se inglês em maior número, quer nos hotéis e em algumas lojas. Português só ouvimos na loja das Paulinas, junto ao Paço episcopal de Macau, bem perto das ruínas de São Paulo e do Largo do Senado. Ali quase que parecia ter regressado a Portugal. Tanto a irmã falava português como a senhora que estava com ela e uma outra que acabara de comprar um livro.
Curiosamente, mais em baixo, a caminho do Largo do Senado, uma outra loja segmentada para a literatura portuguesa, a senhora que lá estava não “pescava” uma de português.
De resto, pela cidade, ouvimos aqui e ali portugueses.

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