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Congresso da APAVT vai trazer novos fluxos turísticos

“Apesar da Madeira estar a acolher mais uma vez um congresso da APAVT [27 de Novembro a 2 de Dezembro próximos] e de já ser um destino conhecido dos portugueses, estamos convencidos que vai trazer novos fluxos turísticos.
Mas, acima de tudo, é uma oportunidade muito grande para que muitos dos congressistas possam ver “in loco” que a Madeira já recuperou do 20 de Fevereiro e que continua a ser um destino para onde as pessoas podem viajar com toda a segurança e que mantém todas as suas valências intactas.” Quem o diz é João Welsh, delegado na Madeira da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo.


“Turismo: Liderança na recuperação”. Que pretende evidenciar a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo com este tema?
O que se pretende é trazer um conjunto de reflexões a todos os congressistas. Saber quais são os caminhos e as medidas que as empresas podem tomar num quadro de uma conjuntura extremamente desfavorável e de recessão, por forma que possam continuar competitivas, com níveis de rentabilidade satisfatório e que consigam continuar a se desenvolver. No fundo, que contribua para dar um sentido positivo de orientações para que as empresas possam responder à conjuntura.

O tema nasceu antes da escolha da Madeira para a realização do Congresso de 2010?
Não tem a ver com a Madeira. Tem a ver antes com a conjuntura que estamos a viver no Ocidente, e no País, de uma forma particular. Qualquer outro tema que viéssemos a encontrar corria o risco de não ter grande impacto porque as pessoas iriam estar concentradas no tema definido para o Congresso. Todos os painéis procuram dar resposta a esta realidade.

Que benefícios pode ter a Madeira com a realização de mais um Congresso da APAVT? Numa primeira instância, o acréscimo dos tais 10 por cento que, normalmente, os destinos beneficiam no ano seguinte ao que acolhem o maior evento das agências de viagens e do turismo em Portugal?
A Madeira poderá ter benefícios grandes, tal como tem sido notório em todos os destinos que acolhem os congressos da APAVT. Tradicionalmente, há um a acréscimo de fluxos turísticos para esses destinos.
Apesar da Madeira estar a acolher mais uma vez um congresso da APAVT e de já ser um destino conhecido dos portugueses, estamos convencidos que vai trazer novos fluxos turísticos. Mas, acima de tudo, é uma oportunidade muito grande para que muitos dos congressistas posam ver “in loco” que a Madeira já recuperou do 20 de Fevereiro e que continua a ser um destino para onde as pessoas podem viajar com toda a segurança e que mantém todas as suas valências intactas.

Quantos congressistas são esperados na Madeira?
São esperados cerca de 500 congressistas.

As agências de viagens já vinham lutando com obstáculos que, umas melhor que outras, foram ultrapassando. Mas a crise económica e financeira actual veio trazer outros mais. De que forma têm conseguido lidar com ela?
As agências de viagens, em relação aos demais sectores, têm uma grande vantagem nesta situação de crise: têm enfrentado um conjunto de ameaças nos últimos anos para as quais têm tido a criatividade de responder a essas grandes forças contrárias. Isto não significa que algumas não venham a resistir, porque a situação é extremamente difícil. Mas acredito que a grande maioria das agências vai resistir apesar de estar certo que a situação vai tender a agravar. Não temos quaisquer dúvidas que 2011, provavelmente ainda será um ano muito mais difícil para todos nós do que 2010.

Qual é a receita? Continuarem a ser criativas?
A receita é sempre a mesma. As perguntas são iguais, as soluções é que vão variando. As agências de viagens vão ter de continuar a ter uma grande capacidade de flexibilidade, de adaptação à mudança, e, em função do que for acontecendo, reagir rapidamente para que, de forma célere, possam manter-se activas de acordo com o que o mercado impõe e procura. O princípio chave é estarmos plenamente conscientes e atentos ao mercado para responder.

Destino como marca exige atenção e rigor

Que gostaria de ver nas conclusões e recomendações do Congresso magno da APAVT?
Na vertente de exportação, espero que as pessoas saiam do Congresso com uma percepção mais clara das novas tendências. E, acima de tudo, das novas oportunidades que se colocam até na lógica do online. Daí a importância de, cada vez mais, as empresas conhecerem muito bem os seus clientes nas suas diferentes vertentes.
Na lógica do receptivo, uma das conclusões que espero que saia do Congresso é a noção clara que a construção de um destino e de uma marca é a mesma que é necessária para um produto. Um destino não surge por acaso. E só surge como uma marca muito forte quando existe uma atenção e um rigor muito grande na estruturação do macro produto: Ilha da Madeira.
Quando isto não acontece, significa que o produto tem fragilidades. E, quando assim é, não há promoção que resista. Ou seja, a qualidade do macro produto é central nesta equação.

Está a referir-se a destinos em abstracto ou concretamente à Madeira?
Aplica-se ao País, e à Madeira, que tem vivido nos últimos anos, dificuldades enormes em ser um destino competitivo.

Consumidor sente necessidade de atendimento humano

As agências de viagens, depois de receberem menos bem a internet, depressa começaram a tirar partido dela. O tema do painel que vai moderar no Congresso: “Distribuição - Mais oportunidades?” antevê o alargamento do que a net proporciona?
As agências de viagens nunca reagiram mal em relação à internet. Por vezes, ficaram conotadas com essa leitura, mas mais por questões de interpretações, até de entidades públicas que, exigindo determinados enquadramentos legais, extremamente rígidos para as agências de viagens, aceitavam que determinados portais que, praticamente, não tinham identidade, que o fizessem sem regulamentação. Daí os mal-entendidos.
Na realidade, se há sector de actividade que olhou rapidamente para a internet e soube tirar partido desta ferramenta, que nunca foi um canal alternativo, porque não realidade, em si próprio, não é um canal de distribuição, mas sim uma ferramenta, foram as agências de viagens.
Por isso, grande parte das transacções que se fazem a nível de turismo na ferramenta internet são realizadas por agências de viagens online. O que não quer dizer que as transacções online estejam definitivamente em crescendo, até a ocupar o espaço das agências físicas.
Um estudo recente mostra que, por exemplo, nos Estados Unidos da América, as agências físicas estão a ganhar, em termos de crescimento, quota às agências online. Isto deve-se ao facto do consumidor sentir necessidade de ter um contacto humano que lhe permita, entre muitas coisas, apresentar uma reclamação e ir com ela até ao fim.
Na internet, isso não acontece e deixa as pessoas inseguras.

O tema do painel onde será moderador indica que ainda há mais potencial a ir buscar à internet, como as redes sociais...O tema do meu painel é muito interessante. Até estou convencido que este congresso da APAVT, a nível de conteúdos científicos, será ímpar. Vamos ter oradores excepcionais.
Concretamente o painel que vou moderar, vamos ter três intervenções. Uma será respeitante à vertente da indústria do turismo que tem conhecido mais sucesso nos últimos anos, em termos de valor acrescentado para quem investe neste sector e também para o consumidor desse mesmo sector, que são os cruzeiros. Um quadro superior de uma companhia de cruzeiros vem ao congresso dizer como este sector trabalha os canais de distribuição. Quais as prioridades que têm e porque preferem determinados canais em detrimento de outros. E como conseguem conciliar diferentes canais, todos numa lógica “winwin”, sem deixar que nenhum canabilize os outros. É o próprio fornecedor que garante as regras para que todos os canais sejam parceiros a trabalhar em prol das suas vendas sem que nenhum tenha condições que lhe permita canabilizar os outros.
Depois vamos ter duas intervenções igualmente excepcionais que têm a ver com as redes sociais e tudo o que se pode fazer na lógica do agente de viagens para potenciar as suas vendas e aumentar quotas de mercado através da web 2.0.
Este poderá ser um contributo fortíssimo na lógica do destino Madeira porque o agente de viagens também, através destas oportunidades, poderá potenciar a promoção da marca Madeira.

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