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Porto cresce 6% em escalas e 11% no número de passageiros

O porto do Funchal, segundo o presidente da Assembleia Geral da AGEPOR – Associação de Agentes de Navegação de Portugal, deverá registar, este ano, um aumento ao nível do mercado de cruzeiros. Conforme referiu, João Welsh, «nós perspectivamos que, no final do ano, se registe um crescimento na ordem dos 6% no número de escalas e de 11% no número de passageiros. Estamos a falar num número próximo das 300 escalas e na ordem dos 450.000 mil passageiros. São taxas de crescimento assinaláveis se tivermos em consideração os altos ritmos de crescimento obtido nos últimos anos e que se traduzem em números muito significativos para o porto do Funchal e para a economia da Região».

As receitas para a Região resultantes deste sector turístico, conforme referiu, «irão atingir este ano um valor na ordem dos 45 milhões de euros colocando-o seguramente em segundo nos bens transaccionáveis da Região, logo a seguir ao turismo tradicional. Ou seja, um forte gerador de riqueza real e sustentada para a Madeira».

Nova gare vem dignificar a operação


Numa altura em que o mercado de cruzeiros está a crescer, João Welsh considera também importante a aposta na nova gare para o porto do Funchal. Pois, tal como afirmou, «ela vai permitir dignificar a operação com um acesso dos passageiros com mais conforto e mais segurança, o que é fundamental».
A promoção do porto do Funchal, segundo João Welsh, «tem sido feita com um nível de agressividade bastante elevado. Isso iniciou-se com ex-secretário regional da Economia, Pereira de Gouveia, juntamente com a antiga administração dos Portos que, na altura, deram um impulso significativo na promoção e comercialização do Porto do Funchal. E, a partir daí, tem-se mantido sempre esses níveis de contactos comerciais directos com os armadores e nas feiras profissionais do sector».
João Welsh diz também que «a parceria com Canárias tem dado bons resultados, que é o “Cruising in the Atlantic”. O importante é manter-se esse esforço promocional do porto do Funchal. Não podemos parar, todos os anos temos de estar presentes, todos os anos temos que promover e estou certo que vamos continuar a manter estes resultados de crescimentos anuais a que temos assistido».
Até porque, na opinião do presidente da Assembleia Geral da Agepor, «esta indústria dos cruzeiros está a crescer. Há cada vez mais navios. Há cada vez mais passageiros. E, por isso, é natural que se promovermos bem vamos ter mais escalas no porto do Funchal».

Ampliação deverá ser o próximo desafio


Na sua opinião, «temos é de ter em atenção que os novos navios construídos têm tonelagens cada vez mais elevadas, atingindo muitos destes paquetes mais de 300 metros de comprimento. Esta realidade coloca-nos como grande desafio dotar o porto do número de espaços necessários para amarração dos navios. Não podemos correr riscos de perder escalas por não haver espaço. Por isso, temos de encontrar, rapidamente, uma solução para mais um ou dois navios e isso terá de ser, no futuro próximo, a grande prioridade».
Outra das áreas que considera fundamentais são os preços praticados. Tal como afirmou, «temos de evitar que as taxas do porto do Funchal sejam mais elevadas que os portos nossos vizinhos. O benchmark de taxas tem de se constituir um processo de gestão com regularidade anual. Dito isto, não temos de ter taxas mais baixas que as actuais e que os outros portos, porque o porto do Funchal é reconhecido, pelos passageiros, — e isto com base em inquéritos realizados pelas companhias — como um dos portos que mais apreciam nesta zona. E, por isso, nós não temos a necessidade de reduzir taxas só por reduzir já que tal politica não iria resultar em mais escalas e constituiria uma importante quebra de receitas para a Região».

Companhias satisfeitas com as taxas praticadas


Conforme referiu, «há quem tenha essa preocupação, mas eu acho que nós estamos a crescer, e se estamos a crescer é porque as companhias de cruzeiro estão satisfeitas e confortáveis com o actual preçário. Temos de acreditar no produto e não avançar com politicas perigosas de saldos. Temos é que acompanhar os restantes portos. Também não podemos ser mais caros, porque seria um erro. Poderíamos, eventualmente, por essa via, perder escalas de reposicionamento, único segmento em que os portos vizinho se constituem como concorrentes e não como portos complementares e de factor de atractividade para o destino Atlântico. Temos de apostar na requalificação do porto e isso é que é importante».

Complementaridade entre as ilhas atlânticas

Relativamente aos Açores, João Welsh não considera que haja concorrência, embora, reconheça que os Açores têm vindo a fazer «um investimento muito grande no porto de Ponta Delgada, nas Portas do Mar. Estão, de facto a crescer, nos últimos anos tornaram-se muito mais agressivos nas acções comerciais que têm feito e eu tenho sentido isso mesmo nas feiras».
No entanto, João Welsh recorda que «é preciso termos sempre em atenção que estão a crescer a partir de uma base muito mais baixa que a nossa. Neste momento, devem rondar as 50 escalas anuais, enquanto que a Madeira tem cerca de 300 escalas. É uma realidade completamente diferente. Nós somos um dos portos mais importantes de toda esta zona e estou convencido de que vamos continuar a ser».

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