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Fernando Pinto diz que a Tap foi a única companhia fiel à Madeira

Fernando Pinto não escondeu a importância da linha da Madeira para a TAP
(Airlines International - IATA)
O presidente do conselho de administração da TAP defendeu hoje, no Funchal, a liberalização da linha aérea entre a Madeira e Continente, considerando que ao contrário dos Açores, o arquipélago madeirense estava "pronto" para adoptar este regime.
Fernando Pinto falava após ter sido ouvido pelos deputados da comissão especializada de Economia da Assembleia Legislativa da Madeira, uma reunião que durou cerca de três horas, perante a qual acedeu comparecer para esclarecer vários aspectos relacionados com as ligações da transportadora nacional para esta região.
Salientou a importância desta rota para a TAP, uma linha que em 2008 transportou mais de 500 mil passageiros, pelo que a companhia "tem a obrigação empresarial de procurar prestar um melhor serviço, crescer e por causa de um período de liberalização ser cada vez melhor", disse.

"A TAP sempre defendeu a liberalização do mercado, porque isso traz concorrência, a possibilidade de comparação de serviço e faz com que as empresas sejam cada vez melhores", declarou, apontando que obedecem às leis do mercado.
Referiu que antes de ser decretado o "céu aberto" para a Madeira "já havia competição nesta linha porque chegou a haver três empresas a operar", destacando que "a TAP foi a única companhia que manteve a fidelização durante 50 anos neste mercado".

Argumentou que nesta audição na comissão parlamentar, os responsáveis da TAP "ouviram os problemas e dificuldades", acrescentando ter defendido que a situação passa "também por um aspecto cultural, um tempo de adaptação que é necessário para que o cliente descubra as possibilidades que pode conseguir no mercado. Algumas vezes pode pagar mais caro, mas muitas vezes vai pagar mais barato", explicitou.

Sobre os problemas verificados com a bagagem, o responsável da TAP justificou que a companhia "cresceu mais do que a infraestrutura do aeroporto pode acompanhar", garantindo que o sistema começa a "entrar na normalidade", estando a TAP em quinto lugar na Europa".
Em relação aos preços das viagens, Fernando Pinto realçou que a flexibilidade das tarifas depende do dia e hora, anunciando que a TAP vai fazer um novo lançamento de promocionais "bem agressivas que resolvem parte desses problemas".

Outro aspecto abordado foi a questão das taxas aeroportuárias, sendo que na Madeira são das mais altas nas infra-estruturas em que a companhia opera.
"É extremamente importante os aeroportos terem taxas competitivas. Sabemos do histórico, das dificuldades. É um aeroporto caro, pela forma como foi construído e às vezes não pode ser mais barato do que é", sustentou, opinando ser esta uma matéria "limitadora".
Fernando Pinto rejeitou ter havido discriminação entre os Açores e a Madeira na questão da redução das taxas dos combustíveis praticadas nas duas linhas, explicando que como no arquipélago açoriano não existe um mercado liberalizado, "e o que interessa é o valor total, a única forma que a TAP teve dentro da lei foi reduzir essa taxa para o mínimo, praticamente a eliminação, para conseguir uma tarifa competitiva com o mercado da Madeira".
"Na Madeira e nos Açores sempre tivemos a taxa de combustível menor que continente", salientou.

"O mercado da Madeira já estava pronto para receber uma liberalização, dado ao volume e interesse nesta linha. Não sei se os Açores já estariam prontos para isso, porque o volume de negócios é menor", realçou.
Fernando Pinto disse ainda que o ano que passou foi "ruim em todos os mercados, pelo que a TAP terá provavelmente uma perda perto de 2 milhões de euros por causa dos preços dos combustíveis. Nenhum mercado foi bom, mas este é um novo ano e a companhia vai sem dúvida conseguir que seja competitivo".

O deputado do PS/M, Carlos Pereira, abandonou a sala antes do fim da reunião, considerando que "esta audição foi uma contradição parlamentar", porque o presidente da TAP acabou por ser questionado sobre aspectos que são da alçada da secretaria regional do Turismo e Transportes.

Por seu turno, o presidente da comissão, Jaime Filipe Ramos, na qualidade de deputado do PSD/M, destacou que Fernando Pinto ficou mais sensibilizado para os vários problemas que se colocam à mobilidade dos madeirenses, que prometeu ter em atenção, sobretudo para os estudantes que começam a optar por viajar de barco, no navio da Naviera Armas que liga Canárias-Madeira-Portimão.

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