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Ampliação do porto custa 100 milhões e é a segunda prioridade do Governo

Albuquere entregou ao comandante do MSC Seaside, Pier Paolo Scala, uma garrafa de Madeira e enalteceu o valor do vinho
(foto Paulo Camacho)
O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, esteve hoje a bordo do navio de cruzeiros MSC Seaside, que se estreou na Madeira. Um paquete que ainda cheirava a fresco, o que não espanta porque foi entregue à MSC Cruises no final do mês de novembro.

por Paulo Camacho

Neste momento o navio já navega em direção a Canárias, em concreto para Tenerife, de onde partirá para a travessia do Atlântico que o levará a Miami, onde ficará baseado para cruzeiros de 8 dias nas Caraíbas.
Nesta viagem, o MSC Seaside trazia em trânsito 3.304 passageiros e 1.500 tripulantes. Chegaram ao Funchal 3.413 passageiros, saíram 109 e embarcaram 76. A nível de tripulantes, chegaram à Madeira 1.501. Saiu um e entraram 23.
À margem da cerimónia de troca de crestas, que acontece tradicionalmente nas primeiras escalas de cada navio, o presidente do Governo falou da ampliação do porto. No entanto, deixou bem claro que a prioridade do executivo que lidera é a construção do novo Hospital do Funchal. A questão do porto está na calha mas é a segunda prioridade que tem de ser desenvolvida muito rapidamente, sublinhou.

2.ª obra prioritária é proteger o Cais 8 e a cidade

Com a particularidade das palavras de Miguel Albuquerque não serem diretamente para a necessidade de ampliação da Pontinha mas antes incidirem na proteção das intempéries o Cais 8 e toda a baía do Funchal. E só como consequência disso que acabará por proporcionar mais 400 metros de cais acostável. Percebe-se a estratégia.
Recorde-se que o referido Cais 8 foi construído ao abrigo das obras de reconstrução do litoral da cidade do Funchal, depois do mau tempo de 2010, mas que, apesar de estar operacional nenhuma companhia quer atracar lá os navios devido à grande exposição à ondulação, mesmo em dias calmos. Experiências reais foram feitas no passado, e mesmo com o mar sem ondulação aparente, os navios sofriam uma grande oscilação.
O governante realçou que a retirada da praia, onde hoje está a Praça do Povo, eliminou um amortecedor natural da força do mar. E, sobretudo em condições climatéricas de sul ou sudoeste forte, o Funchal fica muito exposto.
Miguel Albuquerque revelou que a estimativa de valores para a ampliação da Pontinha está mais favorável em relação ao que inicialmente se previa. Referiu que estudos preliminares apontam para os 100 milhões de euros, que disse inferior a valores anteriores.

Madeira vai ganhar com o crescimento dos cruzeiros

Presente igualmente na cerimónia, a presidente dos Portos da Madeira, Lígia Correia, disse que estão previstos este ano 486 navios de cruzeiro no Porto do Funchal. Admitiu que no próximo a perspetiva é que para que exista um maior número de escalas no porto madeirense. Um trabalho que acontece devido a muitas variantes e igualmente ao que diz ser feito com os hubs de Lisboa e de Canárias no sentido de potenciar o Porto do Funchal.
João Welsh trocou crestas com o comandante. A bordo disse ser expetável que os cruzeiros cresçam na Madeira
(foto Paulo Camacho) 
João welsh, CEO da JFM Shipping, que agenciou a escala deste navio, assim como o faz a toda a frota da MSC Cruises, disse que o segmento de cruzeiros está a crescer em todo o mundo e que, naturalmente, aliado ao número crescente de novos navios para responder à procura galopante, será natural que a Madeira também continue a crescer.
Realçou que há um fenómeno cíclico no qual a Madeira cresce e depois cai ligeiramente, porque “também tem a ver com o crescimento de outros mercados, em particular o asiático, que está a crescer muito e que tem provocado a deslocalização de alguns navios para poderem responder à procura”.
Daí que considere que portos mais maduros como o da Madeira sofram em consequência dessa deslocalização pontual.

No entanto, sublinhou que se analisarmos em termos de curvas longas, verificamos que a Madeira tem vindo sempre a crescer de uma forma sustentada ao longo dos anos, além de ser “um porto extremamente apetecido por parte das companhias de cruzeiros. E a expetativa é que continue a se desenvolver tal como tem acontecido”.

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