Ministro borrega ânimos e diz ser hora refletir o Subsídio de Mobilidade
O ministro referiou ontem que as precipitações não ajudam |
Calma aí. Alto e pára o baile. É a mensagem que o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, deixou ontem bem claro na Assembleia da República, a propósito de alterações à mecânica no Subsídio Social de Mobilidade, referente às ligações aéreas entre o Continente e a Madeira. Contudo mostrou-se aberto para aprofundar a reflexão que convirja para o interesse de todos.
por Paulo Camacho
Contudo, evidenciou que se um operador (a easyJet) diz que com novas regras ao modelo que haviam sido ventiladas (pela TAP Portugal, de apenas cobrar os 86€ ao residente e 65€ ao residente estudante) não estava interessado na linha da Madeira “no mínimo, temos, todos, considerar bem o que vamos fazer”.
Pedro Marques disse ser preciso muito cuidado em mexer nas regras atuais “para não acrescentar erros que nasceram mal e que foi da responsabilidade do governo anterior”.
Evidentemente que este tema não estava na ordem do dia no Parlamento nacional que discute a proposta de Orçamento de Estado para 2018, mas três deputados eleitos pela Madeira (Paulo Neves, PSD, Paulino Ascensão, Bloco de Esquerda, e Adelaide Ribeiro, PS) fizeram com que o ministro respondesse às questões que colocaram acerca desta matéria. Por isso deixou bem claro que alterar o modelo de forma a que coloque mais em causa a mobilidade, nomeadamente dos cidadãos da Madeira, “parece-me preocupante”. Daí que tenha afirmado ser necessário atender às várias situações que há que atender antes de serem efetuadas as alterações.
O ministro falou ainda das diferenças de modelos dos dois arquipélagos portugueses que, em seu entender, leva a que haja necessidade de uma ponderação no que venha a ser feito e que tenha esse quadro em consideração. Sublinhou que precipitações numa matéria em que “manifestamente por responsabilidade de conceção do modelo, que alguns grupos parlamentares querem avançar precipitadamente com as alterações, não ajudam”.
Pedro Marques referiu ainda que o modelo atual “redundou em aumento de preços e não redundou em aumento de concorrência pelo menos na Região Autónoma da Madeira”.
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