Percentagens não dizem tudo
Um estudo publicado pela ABTA - Association of British Travel Agents realça que as ilhas dos Açores estão na sua lista dos 12 destinos turísticos a seguir este ano. O relatório de tendências de viagens e turismo que a associação publica anualmente, e divulgado recentemente, considera o arquipélago português escolhido como «Idyllic unspoilt islands» (ilhas intactas e idílicas). E explica que “beneficiam de um clima ameno durante todo o ano” e que tem registado um crescimento turístico acentuado.
A congénere portuguesa da ABTA, a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, considera que o interesse dos agentes de viagens britânicos pelos Açores sairá reforçado com a realização do congresso da associação da Grã Bretanha em Ponta Delgada, de 8 a 11 de outubro de 2017. Um congresso que resulta de uma candidatura que a APAVT formalizou há dois anos, que conta com o apoio do Turismo dos Açores e onde prevêem concentrar 600 profissionais do turismo do Reino Unido.
Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, admite que o congresso “certamente, permitirá o reforço desta tendência no futuro próximo. Razões suficientes para nos focarmos em fazer deste congresso um enorme sucesso”.
No entanto, se é verdade que escolhas não se discutem, há que olhar para alguns números lançados para o ar e procurar evidenciar se um destino é ou não de sucesso, deixando essa componente de análise ao critério de cada um.
Percentagens, comparações
Acerca desta matéria, não tem muito tempo, os media abordaram as estatísticas da hotelaria nacional de setembro. E os Açores, numa leitura pela rama, estavam em grande plano porque tinham crescido nas dormidas na hotelaria 20,9% no acumulado do ano, desde janeiro até aquele nono mês do ano, comparativamente com igual período de 2015.
A média nacional foi de mais 8,7%, muito semelhante à que se registou na Madeira, que cresceu 8,9%.
Mas as percentagens não dizem tudo. Neste caso concreto, podemos comparar isso mesmo com os dois destinos insulares portugueses, onde os Açores cresceram 20,9% e a Madeira, 8,9%.
A hotelaria açoriana registou entre janeiro e setembro deste ano 416 mil hóspedes e 1.270.000 dormidas. Nas dormidas, o crescimento de 20,9% traduz um crescimento de 220 mil dormidas.
Na Madeira, a hotelaria registou 904.359 hóspedes (+11,6%) e 5.724.000 dormidas nos primeiros nove meses do ano. Nas dormidas, o crescimento de 8,9% traduz um incremento efetivo de 468 mil dormidas, mais do dobro dos Açores.
Outro fator que diferencia os dois arquipélagos prende-se com a grande dependência dos Açores do mercado nacional, que corresponde a metade dos seus hóspedes, enquanto na Madeira, o mercado português, que é um dos principais do destino, apenas traduz cerca de 1/5 do total de hóspedes.
Mais uma nota para referir o valor do mercado do Reino Unido para os Açores: entre janeiro e setembro levou 13.159 hóspedes (de um total de 416 mil), que representaram 44.836 dormidas (de um total de 1.270.000).
A congénere portuguesa da ABTA, a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, considera que o interesse dos agentes de viagens britânicos pelos Açores sairá reforçado com a realização do congresso da associação da Grã Bretanha em Ponta Delgada, de 8 a 11 de outubro de 2017. Um congresso que resulta de uma candidatura que a APAVT formalizou há dois anos, que conta com o apoio do Turismo dos Açores e onde prevêem concentrar 600 profissionais do turismo do Reino Unido.
Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, admite que o congresso “certamente, permitirá o reforço desta tendência no futuro próximo. Razões suficientes para nos focarmos em fazer deste congresso um enorme sucesso”.
No entanto, se é verdade que escolhas não se discutem, há que olhar para alguns números lançados para o ar e procurar evidenciar se um destino é ou não de sucesso, deixando essa componente de análise ao critério de cada um.
Percentagens, comparações
Acerca desta matéria, não tem muito tempo, os media abordaram as estatísticas da hotelaria nacional de setembro. E os Açores, numa leitura pela rama, estavam em grande plano porque tinham crescido nas dormidas na hotelaria 20,9% no acumulado do ano, desde janeiro até aquele nono mês do ano, comparativamente com igual período de 2015.
A média nacional foi de mais 8,7%, muito semelhante à que se registou na Madeira, que cresceu 8,9%.
Mas as percentagens não dizem tudo. Neste caso concreto, podemos comparar isso mesmo com os dois destinos insulares portugueses, onde os Açores cresceram 20,9% e a Madeira, 8,9%.
A hotelaria açoriana registou entre janeiro e setembro deste ano 416 mil hóspedes e 1.270.000 dormidas. Nas dormidas, o crescimento de 20,9% traduz um crescimento de 220 mil dormidas.
Na Madeira, a hotelaria registou 904.359 hóspedes (+11,6%) e 5.724.000 dormidas nos primeiros nove meses do ano. Nas dormidas, o crescimento de 8,9% traduz um incremento efetivo de 468 mil dormidas, mais do dobro dos Açores.
Outro fator que diferencia os dois arquipélagos prende-se com a grande dependência dos Açores do mercado nacional, que corresponde a metade dos seus hóspedes, enquanto na Madeira, o mercado português, que é um dos principais do destino, apenas traduz cerca de 1/5 do total de hóspedes.
Mais uma nota para referir o valor do mercado do Reino Unido para os Açores: entre janeiro e setembro levou 13.159 hóspedes (de um total de 416 mil), que representaram 44.836 dormidas (de um total de 1.270.000).
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