Os últimos suspiros do Savoy

A partir das 14.30 horas, o hotel barrou os acessos. Tanto da entrada principal como das demais. Uma empresa de segurança zelava pelo cumprimento das regras onde apenas eram a excepção os últimos turistas que ontem deixaram o hotel. Nem mesmo os que estão hospedados no Royal Savoy e que já estavam habituados a entrar pelo Savoy clássico e que, depois de o atravessarem e aos frondosos jardins, chegam ao seu hotel implantado junto ao mar.
Mesmo assim, alguns não se conformavam com as directrizes dos seguranças e com a obrigação de terem de percorrer outro caminho.
Na lista dos que ficaram à porta, além dos jornalistas, vimos alguns carros de empresas que deparavam com as barreiras de ferro à entrada. Curiosamente, um deles ia receber pagamentos. Mas teve de voltar para trás.
A administração do grupo Siet Savoy reconhece que a decisão de encerrar o Savoy é uma decisão difícil. Mas sublinha que já algum tempo se adivinhava inevitável.
Refere que questões de ordem técnica e estrutural do edifício, muitas delas relacionadas com as diferentes técnicas de construção que o integram, inviabilizam uma adequada e sustentada remodelação do edifício actual, “tornando incontornável a sua futura demolição”.
O grupo hoteleiro diz que a conjuntura e a maior oferta de qualidade no destino Madeira, e a redução na procura pelo Savoy, “tornou economicamente inevitável a manutenção da sua actividade e precipitou a decisão de encerramento”.
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