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Monarch Airlines borrega Madeira e toda a operação

A Monarch em operação no Aeroporto da Madeira em 2016
(foto: Paulo Camacho)
A companhia de aviação britânica Monarch Airlines borregou todos os seus voos a partir de hoje. A grave situação financeira em que se encontra a empresa é a principal responsável por isso, a qual, segundo o Newsavia, não lhe permite, entre muitas outras coisas, renovar a licença ATOL, indispensável para transportar turistas em voos fretados ou vendidos através das agências de viagens britânicas.

por: Paulo Camacho

A agência Reuters, citando a autoridade britânica de aviação civil, refere que o colapso da companhia levou ao cancelamento imediato de 300 mil reservas e deixou cerca de 110 mil pessoas sem voo de regresso a casa. Na Madeira, a Monarch tinha programados para este dia dois voos: um de Londres (Gatwick), previsto aterrar pelas 16.40 horas, e outro de manhã, com origem em Birmingham, que deveria ter chegado às 10.05 horas.
Para Portugal, a companhia voava igualmente para os aeroportos portugueses de Lisboa, Faro e Porto.
Tanto quanto se sabe, o Governo do Reino Unido solicitou o aluguer de mais de 30 aviões para realizar uma grande operação de repatriamento em tempo de paz, tendo destacado representantes também para os aeroportos portugueses.
Manuela Romano de Castro, da embaixada britânica em Lisboa, afirmou ao jornal Público que o objetivo é que "não haja atrasos no voo de substituição que vão além de poucas horas". Afasta a possibilidade de necessidade de alojamento de passageiros afetados em hotéis.
Ainda ao referido jornal, Manuela Romano de Castro explicou que a embaixada britânica em Lisboa vai coordenar a realização de voos de substituição para um total de 112 ligações que estavam marcadas até 15 de outubro e que foram canceladas. É durante este período de duas semanas que se verificam situações de passageiros da Monarch Airlines que estão em Portugal e que ficaram sem o voo de regresso originalmente planeado. Os atingidos são, na sua esmagadora maioria, britânicos.

Presidente pede desculpa

A Reuters refere que o colapso da companhia tem efeitos para várias empresas. A frota era maioritariamente constituída por Airbus em regime de leasing.
O presidente executivo da Monarch Airlines, Andrew Swaffield, veio pedir desculpa e disse lamentar muito que milhares de pessoas “enfrentem agora o cancelamento das suas férias ou viagens, possíveis atrasos no regresso a casa e enormes incómodos devido ao nosso fracasso”. “Lamento verdadeiramente que isto tenha terminado assim”, complementou.
Por seu turno, o secretário de Estado britânico dos Transportes, Chris Grayling, considera que a Monarch foi vítima de uma guerra de preços nos voos para o Mediterrâneo.
O Newsavia recorda que a companhia existe desde há vários anos, tendo a sua atividade muito centrada nos voos para destinos turísticos, muitos deles fretados ou quase totalmente consolidados com os operadores turísticos.
Desde 2016, com a queda do turismo em países de influência muçulmana, nomeadamente na Tunísia e na Turquia, a companhia perdeu grande percentagem do seu mercado e dos seus clientes. Mesmo assim, começou novos voos para destinos de longo curso, onde teve de debater-se com a concorrência de novas companhias, chegadas ao mercado no segmento de baixo custo.

O ano passado, a Monarch transportou 6 milhões de passageiros, a partir das suas bases operacionais em Londres (Gatwick e Luton), Birmingham, Leeds/Bradford e Manchester. Operava para 40 destinos e tem um quadro de 2.500 trabalhadores.

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