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Startup Madeira pretende reforçar a intervenção no empreendedorismo qualificado

A presidente executiva da Startup Madeira, Patrícia Dantas de Caires, admite que "dada a clara aposta regional nas Startups, gostaríamos de reforçar a intervenção no empreendedorismo qualificado nomeadamente o tecnológico".


A alteração de Centro de Empresas e Inovação da Madeira para Startup Madeira em agosto de 2016 teve a ver mais com um nome mais sugestivo em relação ao que, no fundo, já faziam, ou surgiu para estar em linha com o Startup Portugal, obtendo daí outras sinergias que não tinha anteriormente?
A alteração preconizada foi dinamizada pelo Governo Regional, nomeadamente pelo senhor secretário regional de Economia, Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, e teve como propósito o alinhamento com a estratégia nacional nomeadamente com o programa Startup Portugal e foi coincidente com a integração da estrutura na rede nacional de incubadoras (RNI). Cumulativamente, beneficiamos de uma maior força e clareza na comunicação ao nível regional, nacional e internacional, pois por o nome estar em inglês, é facilmente compreendido em qualquer país, resume de uma forma simples o que fazemos e transporta consigo uma certa jovialidade o que permite estar mais próximo do público alvo.
Como entidade acreditada e certificada EU BIC (Business Innovation Centre) já pertencíamos à EBN (rede europeia de BIC´s) e à Associação Nacional de BICs. A entrada para a RNI foi um “acréscimo” que veio reforçar e credibilizar a nossa atuação.

Gostaríamos de reforçar a intervenção no empreendedorismo qualificado


Internamente, passou apenas pela mudança de designação, partindo do princípio que a atuação no apoio à concretização de ideias já estava enraizado?
Internamente esta alteração implicou a mudança de designação social, uma nova marca registada, um novo domínio e presença web, um novo endereço eletrónico mas, acima de tudo, uma nova forma de comunicar.
A atividade core da empresa e o seu enfoque – empreendedorismo e inovação - não alterou, e mantemos as atividades e programas que se interligam e que já vínhamos a implementar: incubação física, cowork e escritórios virtuais, Erasmus para Jovens Empreendedores, rs4e, Oficina do Empreendedor, Startweb, Sala Steve Jobs, Programa de Gestão de Inovação em empresas existentes, apoio ao desenvolvimento e financiamento dos projetos e à interligação dos empreendedores no ecossistema do empreendedorismo e orientação em matérias de Propriedade Industrial. Apesar do referido, e dada a clara aposta regional nas Startups, gostaríamos de reforçar a intervenção no empreendedorismo qualificado nomeadamente o tecnológico.
Faço nota de que o trabalho da Startup Madeira inclui-se na estratégia global do Governo Regional de apoio e incentivo ao empreendedorismo e inovação, uma estratégia transversal da Secretaria Regional de Economia, Turismo e Cultura, que também inclui a Direção Regional de Inovação, Valorização e Empreendedorismo, o Instituto de Desenvolvimento Empresarial e o Madeira Parques Empresariais.

Ponto de contacto central de um ecossistema empreendedor

Como tem sido esta caminhada da Startup Madeira/CEIM? Que paralelo é possível fazer com o primeiro ano de atividade com, por exemplo, 2016? Quantas pessoas eram no início, o que apoiavam e qual é o contraponto com o ano passado?
O Centro de Empresas e Inovação da Madeira - CEIM nasceu em 1997 fruto da vontade pública de criar um instrumento de desenvolvimento regional distinto do que existia até então e que viesse a trabalhar os temas das empresas e da inovação. Nessa altura o termo empreendedorismo ainda não era comum. O intento público resultou na constituição do CEIM através de uma parceria público-privada que chamou até si a Região Autónoma da Madeira, a Universidade da Madeira, a Associação de Jovens Empresários Madeirenses, o BANIF, a Empresa de Eletricidade da Madeira, a Empresa de Cervejas da Madeira e a Insular - Produtos Alimentares.
Pessoalmente, só me associei a este projeto alguns anos após o seu lançamento. Desde que estou ligada ao mesmo, posso referir que a caminhada tem sido longa e com enormes desafios. O percurso não é simples, os auxiliares de navegação não são muito claros nem o destino final é conhecido, mas a cada vez maior procura e reconhecimento pelo trabalho que desenvolvemos ajuda, e muito, na prossecução dos nossos objetivos. Trabalhamos para as pessoas e para as empresas que são constituídas por pessoas. Por isso, quanto mais sensibilizados e despertos os cidadãos estiverem para os temas do empreendedorismo e inovação maior será a solicitação que tem vindo a ser sucessivamente crescente dado o reconhecimento destas matérias pela sociedade e pelos poderes políticos.
No início, a empresa contava com 8 colaboradores, hoje tem 10 que diariamente se empenham para cumprir a nossa missão: servir de instrumento de desenvolvimento regional apoiando os empreendedores na implementação do seu projeto empresarial inovador na Região Autónoma da Madeira, desde a fase inicial até à fase de desenvolvimento e expansão, proporcionando um ambiente favorável ao empreendedorismo, nomeadamente nos mais jovens, e agindo como um facilitador e ponto de contacto central de um ecossistema empreendedor.

Demos apoio especializado a 470 empreendedores


É possível expressar esta caminhada da Startup Madeira/CEIM em números?
Tendo em conta que todo o apoio que se dá é de natureza intangível e que o nosso propósito é ajudar os empreendedores a dar o passo seguinte dando-lhes orientação, motivação, competências e ferramentas por forma a minimizar os riscos, a nossa atuação não se limita à criação de empresas. Aliás, se um projeto não tem viabilidade técnica, de mercado ou financeira a melhor opção é mesmo não avançar para a criação da empresa. Por isso temos programas como o Startweb que proporciona o desenvolvimento de um projeto até à verificação no mercado.
De qualquer modo, e a título exemplificativo, posso referir que em 2016 tivemos 46 empresas incubadas, realizámos 106 reuniões de enquadramento e/ou de avaliação no Sistema de Incentivos Empreender 2020, demos apoio especializado a 470 empreendedores que solicitaram a nossa ajuda e proporcionamos que mais de 1.900 jovens participassem em atividades de estímulo ao empreendedorismo.

Ajudamos a fazer as coisas acontecerem


Uma frase conhecida diz que “o homem sonha e a obra nasce”. A dra. Patrícia tem referido inúmeras vezes que ter uma ideia não chega. Onde entra o papel da Startup Madeira para que uma parte das ideias que deambulam em algumas mentes, sejam cativadas, em primeiro lugar, para os programas que cria para as atrair, e, numa segunda fase, atua para a criação de condições com o intuito de que estas ideias se concretizem?
Mais do que ideias, na Startup Madeira valoriza-se e incentiva-se a capacidade de concretizar e desenvolver iniciativas de negócio que acrescentem valor ao ecossistema regional de empresas e de empreendedorismo. Assim, procuramos pessoas com ideias mas também com competências e vontade de as implementar. Procuramos essas pessoas para integrar os diversos programas que temos, a exemplo incubação, Oficinas do Empreendedor, Startweb, curso intensivo de Empreendedorismo e Inovação Empresarial, no âmbito do rs4e, mas também estamos disponíveis para falar com quem, tendo apenas uma ideia, nos contacte para obter uma certa orientação. Nos programas referidos, com públicos alvo e posicionamento distintos, cativamos e ajudamos a fazer as coisas acontecerem.


Dos principais programas que já criaram como o Startweb e a Oficina do Empreendedor, que balanço é possível fazer até hoje? Ou seja, quantos projetos foram apresentados e quantos se concretizaram?
No Starweb por exemplo, em quatro edições candidataram-se 77 projetos, representados por cerca de 190 pessoas. Destes, chegaram ao fim do programa 12 projetos, com envolvimento de 34 pessoas, que tiveram a oportunidade de se apresentar ao mercado e de testar a sua viabilidade e atração. O rumo seguido pelos finalistas após o programa é distinto e depende muito da receção tida e das oportunidades entretanto criadas. Os três projetos finais da edição de 2016/2017 estão neste momento em fase de apresentação pública.
No caso das Oficinas do Empreendedor, nas quatro ações lançadas registaram-se 175 participantes, em 475 inscritos. Neste caso, pelo que temos conhecimento, implementaram-se cerca de 10 projetos: Oficina do Couro, Panda 4x4, Role & Coffee, Runner Factory, Pérola Marinha Luffa, Movi Go Transportes, Restaurante Al Dente, Golden Sail, Intract Photo, Make it works, entre outros que se encontram em processos de formalização e/ou de financiamento.

Grande trabalho de proximidade


Os vossos programas, como é evidente, são limitados no número de lugares disponíveis para cada projeto/pessoas. Se existisse maior disponibilidade financeira acredita que teriam mais pessoas a tentar concretizar as suas ideias?
As limitações impostas para cada programa tem somente a ver com a necessidade de assegurar uma boa capacidade de resposta. Todos os nossos programas assentam na metodologia “learning by doing” o que implica um grande trabalho de proximidade e mentoring para cada projeto. Sabemos que isso tem o ónus de excluir à partida alguns candidatos mas posso garantir que até à data, por exemplo nas Oficinas do Empreendedor, os índices de satisfação dos participantes são muito elevados. Para além do referido, as pessoas que não conseguiram, pelo limite de vagas, participar na ação que se inscreveram, ou que de alguma forma manifestaram interesse em participar na Oficina do Empreendedor, têm sempre oportunidade de se candidatarem novamente à ação seguinte pois recebem antecipadamente informação da Startup Madeira.
Teoricamente, quanto mais recursos existirem mais ações podem ser implementadas. Contudo, na prática tudo tem um limite e por isso temo que ao criar uma expansão significativa na oferta de programas de empreendedorismo os números de candidatos e os resultados não venham a ser proporcionais. Digo isto porque não é expectável que todos venham a ser empreendedores nem sequer que muitos nutram alguma “simpatia” por esta área.


Projeto evolui para o Brava Valley


E em termos de espaço? Tem mais para onde expandir empresas incubadas? Ou será que, na eventualidade da limitação, poderá optar por projetos de cooperação com terceiros, como por exemplo com a Acin Cloud, que prevê ter projetos/empresas incubadas na sua sede, na Ribeira Brava?
A Startup Madeira no Campus da Penteada tem 11 salas de incubação física e 12 espaços de cowork. Para além do referido apresenta a sala Steve Jobs, que prevê uma utilização partilhada, bem como duas salas de reuniões.Fruto da aposta do Governo Regional no projeto Brava Valley, que visa atrair para o concelho da Ribeira Brava projetos e empresas de base tecnológica, a Startup Madeira passou a disponibilizar os seus serviços num novo polo na Ribeira Brava. Neste novo espaço, contamos ter oito salas de incubação física e oito espaços de cowork para além de uma sala para pequenos eventos e áreas para reunião e self catering.
De qualquer modo, saliento que o suporte dado pela Startup Madeira não se cinge aos projetos e às empresas da sua incubadora. O apoio é muito mais abrangente! Diria que é um apoio a todo o ecossistema de empreendedorismo regional, independentemente da localização, inclusive a empreendedores do Porto Santo, onde já realizámos uma Oficina do Empreendedor.


Depois da fase de implementação dos projetos, de darem lugar a empresas e após a fase de incubação nas vossas instalações, uma parte dos promotores abre as asas e voa para seguir o seu rumo sozinho. Até que ponto neste voo isolado não partem as asas e acabam por ficar pelo caminho? São as leis do mercado ou deveria existir alguma rede que acompanhasse, por exemplo, este primeiro ano de independência?
Ainda recentemente tivemos a saída de duas empresas.
Quando as empresas saem da incubadora e vão para instalações próprias é um momento de grande satisfação para a Startup Madeira pois isso significa que, se as coisas correrem bem, elas terão capacidade de se orientarem e sobreviverem sozinhas.
Apesar disso, tenho de reconhecer que a referida satisfação vem acompanhada por uma certa nostalgia dadas as relações de proximidade e cumplicidade que, entretanto, se criaram. É o lado emocional a fazer-se ouvir.
Fazemos sempre um esforço por preservar o contato com todas as empresas que tiveram ou têm contato com a Startup Madeira e para isso temos momentos próprios tais como os eventos e o “Happy Friday” (encontros mensais). Para além do referido, somos claros ao afirmar que estaremos sempre por aqui. Assim, julgo que essa rede, ainda que informal, está disponível.

Há sempre pessoas para os receber e esclarecer


Imaginemos que alguém tem uma ideia de um negócio inovador ou que aperfeiçoe algo que já exista. E a Startup Madeira tem todos os seus programas potenciadores de concretizar ideias em andamento. Como deve proceder? Pode e deve bater sempre à vossa porta?
Para já, e se é um interessado por matérias como o empreendedorismo e inovação, sugiro que adira ao Facebook da Startup Madeira e consulte a nossa página web: www.startupmadeira.eu. Isto permitirá ter uma ideia sobre o que fazemos e disponibilizamos bem como sobre as oportunidades que, entretanto, vamos criando. Objetivamente, neste momento há possibilidades de participação no programa Erasmus para Jovens Empreendedores e no curso intensivo de Empreendedorismo e Inovação Empresarial, no âmbito do rs4e.
Para além do referido, sugerimos que toda e qualquer pessoa que precise de apoio para a concretização da sua ideia de negócio contate, telefónica ou presencialmente, a Startup Madeira no Campus da Penteada. Normalmente há sempre pessoas para os receber e esclarecer. Caso tal não seja possível de imediato, sugerimos o agendamento. Como já foi referido, o nosso trabalho é feito de pessoas e para pessoas e por isso um contato direto muitas vezes torna todo o processo mais simples, mais próximo e mais eficaz.


Os vossos programas são limitadores de idades? Há mínimos e máximos?

O empreendedorismo não tem idade e por isso no nosso apoio em geral não há qualquer limite de idade. Apenas temos limite mínimo, isto é, 18 anos, para alguns programas tais como o Erasmus para Jovens Empreendedores, o Startweb  e a Oficina do Empreendedor o devido a imperativos legais e/ou operacionais.

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