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Madeirenses perdem relação com navios

Porto do Funchal
(foto: Paulo Camacho)
Os madeirenses perderam a relação próxima que tinham com os navios de cruzeiro que chegam e partem no porto do Funchal. De um contacto muito próximo, de quase tocar nos paquetes que tanto admiram, passaram a vê-los através de uma vedação. No porto, não há outra forma de os ver sem ser atrás da extensa vedação que foi colocada no porto com a construção da nova gare marítima. Claro que se pode ver desde a cidade, mas não é a mesma coisa. Nem mesmo ir à “cabeça da molhe” - onde estive muitas vezes em tempos idos a fotografar e a filmar os navios que faziam as manobras de entrada ou saída no porto - é possível ir agora livremente.

Outra proibição é a ida ao cimo do muro alto que atravessa toda a Pontinha, desde o Forte de Nossa Senhora da Conceição até ao fim do porto, à referida "cabeça do molhe". É verdade que era e continua a ser perigoso andar lá em cima, sobretudo na zona onde estão os tetrapodes. que protegem o porto. Mas, em lugar de vedar o acesso bem poderiam ser criadas vedações e talvez até bancos, e com isso, proporcionar condições para que os madeirenses e os estrangeiros, conseguirem apreciar em segurança os navios, quando estão no porto, ou ver a cidade do Funchal de uma perspetiva diferente. Vedar uma vista daquelas para o anfiteatro é inviabilizar uma das mais belas imagens que se consegue para a cidade, extremamente apreciada por quem chega a bordo de um navio de cruzeiro.
Outra mudança que surgiu com a nova gare marítima é o restaurante. É difícil entender as razões de ter sido feito naquele lugar e tão limitado. Algumas pessoas dizem que está feito desta maneira por questões de segurança. Até pode ser, mas não se entende. É verdade que tem um pequeno balcão, com uma "excelente" vista … mas para a entrada do porto. Da cidade nada. Quem não se lembra do que existia, virado para onde devia, para o Funchal.

Porto de Lisboa
(foto: Paulo Camacho)


Em contraponto com este porto que corta as relações dos madeirenses com os navios que tanto apreciam, Lisboa tem igualmente preocupações de segurança, porque os navios continuam a lá ir sem receios. Mas existem muitas diferenças entre os dois portos.
Na zona de Santa Apolónia, por exemplo, em lugar das vedações metálicas, as separações são feitas com vidro alto, que permitem ver quase sem se notar que há uma separação. E viabiliza igualmente que se fotografe perfeitamente entre os vidros. Mas também podemos fazê-lo através dos vidros, como o fiz e cujo exemplo publico neste trabalho. Na sua essência, quase não se percebe que há uma barreira a separar dos navios atracados ali mesmo. É verdade que estão afastados, mas o vidro parece não afastar tanto.
Por outro lado, para chegar ali tão perto não é preciso deixar com antecedência, nem em outra altura, a matrícula do carro, com a possibilidade do veículo ficar estacionado no parque de estacionamento pago do outro lado dos restaurantes. E podemos almoçar ou jantar tranquilamente a ver os navios e o Tejo. E aquela vista para o rio e para a outra margem distante nem se compara com a proporcionada desde a Pontinha para o anfiteatro do Funchal.

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