Insular alia inovação à tradição
Bolacha Maria, uma das muitas especialidades da Insular (foto: Paulo Camacho) |
O diretor geral da empresa, Carlos Batista, diz que, tendo em linha de conta que a diferenciação é a chave fundamental do negócio, a Insular mantém a aposta contínua na investigação e desenvolvimento de novos produtos, nomeadamente farinhas, bolachas ou massas com paladares distintos, enriquecidos com farinha de grainha de uva, com tomate e espinafres desidratado ou integrais. Apostas que têm resultado em vendas diversificadas e reconhecimento com várias distinções, como aconteceu com o esparguete e a bolacha Cream Cracker enriquecidas com farinha de grainha de uva, premiados com o “Superior Taste Award” de uma estrela e de duas estrelas, pelo prestigiado ITQI – International Taste & Quality Institute Awards.
Para reforçar a sua aposta, a Insular tem vindo a realizar parcerias com empresas pioneiras na alimentação saudável, fabricando produtos de valor acrescentado que satisfaçam as necessidades dos consumidores. Nesse âmbito, desenvolveu uma nova farinha composta, realizada a partir de farinha de trigo com batata-doce, destinada à indústria da panificação e ao uso doméstico.
Este projeto foi desenvolvido em parceria com a Universidade da Madeira, através do ISOPlexis/Germobanco, financiado pelo Programa +Conhecimento II, do Instituto de Desenvolvimento Empresarial. E será com esta mesma universidade que a empresa vai empreender um novo projeto na área da panificação, revelou Carlos Batista.
Farinhas dominam
O empresário, Carlos Batista (foto: Paulo Camacho) |
Carlos Batista admite que tem havido uma redução nas vendas de farinhas, em grande parte devido ao agravamento do poder de compra, que tem levado algumas pessoas a serem mais pragmáticas na compra do pão, evitando desperdícios.
A nível das bolachas, a empresa tem incrementado a aposta nas receitas saudáveis para diversificar a oferta mas, sobretudo, para responder à procura do consumidor que, cada vez mais, quer produtos com componentes saudáveis.
Assim, além do vasto portfólio que a Insular dispõe na variedades de bolachas que se juntam à tradicional Maria, a empresa prepara-se para lançar uma nova com sabor a maracujá. Carlos Batista revela que até ao final do semestre estará no mercado.
ADN da empresa
Mas não é só nas bolachas que a empresa inova. Essa é uma preocupação companheira do dia-a-dia da Insular. Diríamos que está no seu ADN mas que tem sido concretizada e trabalhada ainda com mais afinco nos últimos anos.
Neste âmbito, além da tradicional farinha de trigo que produz para o mercado, há algum tempo que trabalha com outras matérias-primas. É o caso da já referida batata doce que apostou e hoje já consome entre oito a 10 toneladas por mês, adquiridas a produtores madeirenses. Estas batatas são transformadas posteriormente e adicionadas à farinha, usada depois na panificação para fazer, por exemplo bolo do caco, que está a conhecer uma aposta crescente na Região.
Bolo do caco para Londres
A Insular comercializa igualmente esta farinha para um cliente que já vende bolo do caco congelado para ser consumido no Continente. Um cliente que decidiu ir ainda mais longe e alargar o raio de ação das suas vendes, com exportações para Londres. Passa a enviar periodicamente este ícone madeirense, congelado, para abastecer o mercado da capital britânica.
Entre outras apostas, a empresa está igualmente a testar o uso da grainha de uva para produzir massas.
É por tudo isto que a Insular, além da produção com marca própria, há muito que produz para terceiros, nomeadamente para grandes superfícies, o que acontece com outras marcas. Uma realidade no país e igualmente com marcas estrangeiras, como sucede com o francês.
Trabalham na Insular, implantada na Zona Industrial do Caniçal, 90 pessoas.
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