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Documento Estratégico para o Turismo da RAM carateriza mercados

O Documento Estratégico para o Turismo da RAM, da ACIF – Câmara de Comércio e Indústria da Madeira, constitui um trabalho abrangente que proporciona muitas leituras. Depois do que já foi escrito hoje complementamos com a análise dos potenciais mercados emissores relevantes. Dos 15 mercados analisados, que conjuntamente representam cerca de 89% dos hóspedes e das dormidas em estabelecimentos hoteleiros na RAM, cingi-mo-nos a sete, quatro deles concentrados no dossier Escandinávia.


Comecemos pela Alemanha. Os indicadores apontam que o alemão num futuro continuará a fazer viagens, procurando cada vez mais experiências no estrangeiro.
De entre esses viajantes encontra-se o segmento senior que aumentará o seu peso relativamente à população total do país.
Segundo o Documento Estratégico, o padrão de viagens do turista alemão para o mundo apresenta uma grande concentração nos meses de verão, sendo o produto sol e mar o grande atrativo.
Nas viagens para a Madeira, estudos indicam que os alemães compram tipicamente pacote turístico e recorrem a uma agência de viagens ou à internet para adquirir a viagem.
Os turistas alemães que visitam a Madeira têm um nível de satisfação bom.

O turista alemão

O turista alemão recorre muito aos operadores e agências de viagens, tanto online como presencial, contribuindo para a grande antecedência que marque as suas férias. O turista mais novo é mais “self-booker”.
Aprecia muito a qualidade do alojamento, procurando sempre uma boa relação qualidade preço. Fica tipicamente em regime de alojamento e pequeno-almoço, valorizando muito a qualidade do pequeno almoço.
Gosta do que é genuíno e não o turístico. O mar é uma paisagem muito diferente e apreciada, tal como as flores e a gastronomia típica. Gosta de conhecer e ter contacto com o destino e pontos de interesse.
Jovens e adultos utilizam muito transportes públicos e rent-a-car para se deslocarem.
Os turistas seniores deslocam-se tendencialmente em excursões ou transportes privados comprados para o efeito.

Britânicos ficam 1 semana

Um dos dados a reter do Documento Estratégico para o Turismo, no que se refere ao mercado do Reino Unido, é que dada a relação histórica entre o PIB per capita e o número de viajantes britânicos, esperam que o número de viajantes a sair das ilhas de Sua Majestade acompanhe a tendência do PIB real e venha a aumentar no futuro.
O número de turistas britânicos a efetuar viagens encontra-se em tendência de crescimento após uma quebra significativa em 2009. Preferem viajar entre junho e setembro, sendo que costumam mais fazer férias na Madeira no período de maio a outubro.
Na Madeira, o turista britânico tem uma estada média de cerca de uma semana (6,6 dias).
O documento revela que o grupo etário de maior peso nas viagens a Portugal é dos 45 aos 54 anos, acima da média mundial.
Em matéria de gastos, este grupo gasta cerca de 702€ na Madeira.
Visitam a Madeira maioritariamente em casal, sendo que no verão existe uma maior preponderância de visitas em família.
Os turistas britânicos a visitar a Madeira durante o verão encontram- se na sua maioria empregados.
No entanto, no período de inverno, a maior parte são reformados.
O documento revela que o principal motivo das viagens dos britânicos é férias (64%), com o segundo motivo a ser visitas a familiares e amigos (21%), e o terceiro a ser viagens de negócios (12%).
Para os britânicos, sol e mar constitui a principal motivação para visitar a Madeira no verão,
enquanto que no inverno estes são maioritariamente motivados pelo clima.
A natureza e levadas são produtos com relativamente pouca procura durante o ano.
Durante todo o ano, a internet é o meio de obtenção de informação mais utilizado por parte dos britânicos a visitar a ilha, sendo que é ainda comum o recurso a agências de viagens e websites de companhias aéreas.
Têm um nível de satisfação bastante bom em relação à Madeira, atribuindo classificações
mais elevadas durante o inverno, período esse coincidente com uma maior fluxo de turistas seniores.

Apreciador de calma

O turista britânico recorre muito aos operadores especialmente porque apreciam soluções em pacote que lhes permita não se preocuparem com nenhum aspeto adicional da viagem.
Apreciam as modalidades de “all inclusive” e pacotes que incluam transferes de e para o aeroporto, assim como excursões.
Segundo o documento, o britânico aprecia igualmente a comida local, mas valoriza também comida mais turística, e aproximações à realidade do seu país, através de pubs e sports bar.
Gosta do luxo no alojamento, como hotéis e hotéis-apartamento de 4 e 5 estrelas, e da qualidade do serviço, tendo, no entanto, perdido algum poder de compra em destinos europeus em resultado da valorização do euro face à libra nos últimos anos. Na sua essência, o britânico é um turista que aprecia muito a calma do sítio sem precisar de fazer muita atividade física. Curiosamente, em algumas das escalas de cruzeiros no Funchal, os britânicos são das nacionalidades que mais ficam a bordo.

Natureza e clima atrai portugueses

O Documento Estratégico para o Turismo da RAM aponta estudos que indicam que, incluindo o alojamento, os portugueses despendem em média 103,20€ por dia durante as suas viagens à Madeira.
Aponta ainda que os turistas portugueses escolhem maioritariamente hotéis de 4 estrelas e
hotéis-apartamento para as viagens à Madeira.
Lê-se no documento que o grupo etário de maior peso nas viagens é dos 25 aos 44 anos, sendo que a nível doméstico predominam os turistas entre 25 e 64 anos
de idades.
Por outro lado, os portugueses costumam visitar o destino com a família (no verão) ou sozinhos (no inverno), sendo que a dimensão média de um grupo de portugueses
a visitar a ilha é de 2,71 pessoas.
Outro dado relevante é que os portugueses de visita encontram-se na sua maioria empregados.
Grande parte das visitas à Madeira é motivada pelos fatores natureza e clima, sendo que no verão o aspeto sol e mar é igualmente relevante.
Os portugueses utilizam como principais meios de obtenção de informação para as visitas à Madeira a internet, as agências de viagens e os websites de companhias aéreas.
Os turistas residentes em Portugal que visitam a Madeira classificam os serviços, infra-estruturas, as férias e imagem do arquipélago entre os 4,0 e os 4,5 numa escala de 1 (menor grau de satisfação) a 5 (maior satisfação).
Os níveis de satisfação com os fatores “Férias” e “Imagem” são particularmente altos durante o ano inteiro.

Preferem agosto

O turista português carateriza-se pelo facto do peso dos operadores e agências ser relativamente reduzido, tendo o canal online ganho importância nos últimos anos, segundo o Documento estratégico para o turismo da RAM. Lê-se igualmente que o português aprecia o descanso, conhecer as principais  atrações turísticas e culturais do destino, aprecia a natureza
tipicamente de uma forma contemplativa, apreciando excursões e atividades no destino mesmo que sejam só para turistas.
Por outro lado, evidencia que o número de viagens dos turistas residentes em Portugal encontra-se em ligeiro crescimento, após a quebra conseguinte ao ano 2009.
Os portugueses preferem viajar durante o mês de agosto para qualquer destino, incluindo a Madeira.
Na ilha, os turistas residentes em Portugal passam mais um dia em relação à média em território nacional, com uma estada média de 3,6 dias.

Escandinavos visitam em família

Em relação ao mercado escandinavo, o Documento Estratégico para o Turismo da RAM revela que o número de turistas escandinavos a efetuar viagens fora do país encontra-se em tendência de crescimento após uma quebra em 2009.
Os escandinavos viajam para o estrangeiro durante todo ano, sendo que o destino Madeira visitam tipicamente entre outubro e abril.
Este turista procura no verão destinos com sol, praia e natureza e experiências como citybreak e férias temáticas, enquanto que no inverno procura clima mais agradável, sol e
sobretudo luminosidade.
Segundo o documento estratégico, em 2013, a estada média de um turista escandinavo na
Madeira foi superior em cerca de dois dias, face ao verificado para Portugal como um todo.
Na última década, as estadas médias dos escandinavos em Portugal reduziram-se em quase um dia, enquanto que na Madeira reduziram-se até 2008, tendo atualmente recuperado
para níveis de 2004.
Dos quatro países aquele que tem as estadas médias superiores é a Finlândia para Portugal e a Noruega para a Madeira, sendo os suecos em ambos os casos o país com estadas médias inferiores.
Em média, os turistas escandinavos gastam cerca de 112,60€ por dia durante a sua
viagem à Madeira.
O grupo etário de maior peso nas viagens é dos 25 aos 64 anos, sendo que os turistas escandinavos a visitar a Madeira têm em média uma idade a rondar os 52 anos.
A dimensão média de um grupo ou agregado familiar de escandinavos que viajam para a Madeira é de 2,30 pessoas, sendo que estes tipicamente visitam a Madeira em família ou em casal.
Os turistas escandinavos a visitar a Madeira encontram-se na sua maioria empregados.
Podemos referir ainda que os escandinavos viajaram para a Madeira maioritariamente motivados pelo clima, natureza, sol e mar e as levadas.
Durante todo o ano, a internet é o meio de obtenção de informação mais utilizado por parte dos escandinavos a visitar a Madeira, sendo que é ainda comum o recurso a agências de viagens para este propósito.

Gosto pelo genuíno

O mercado integrado no dossier da Escandinávia (Dinamarca, Noruega, Suécia e Finlândia) do Documento Estratégico é apontado neste levantamento por dar elevada importância de operadores, e agências, principalmente online, devido a limitações de acessibilidades e uma vez que em férias específicas utilizam muito operadores de nicho. O pacote turístico é muito popular entre o viajante escandinavo.
Outro dado é que os suecos, os finlandeses e os dinamarqueses são muito “low profile” e recusam muito mais o luxo e manifestações de ostentação. Os noruegueses apreciam mais a ostentação.
O nórdico gosta do que é genuíno e não turístico. Procura nas férias experiências e vivências diferentes, em destinos novos e remotos, valorizando o contacto com a população local, o bem-estar e a sustentabilidade do destino, tendo também gostos distintivos, com uma proporção elevada de vegetarianos.

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