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Opinião: O discurso e os números

O ministro da Economia e o secretário de Estado do Turismo têm vindo a evidenciar que 2010 foi um ano de recuperação. Vieira da Silva chegou mesmo a acentuar na feira de turismo de Madrid que o governo iria colocar 2010 ao nível dos melhores anos de sempre, em termos de receita turística e de saldo turístico.

Paulo Camacho

No meio destas palavras a Madeira tem sido chamada um pouco para referir que, ao contrário do resto do País, o destino insular recuou.
Nesta matéria, os números do INE , referente ao País, evidenciam que 2010 começa por não estar ao nível dos melhores anos de sempre.
Embora ainda não existam os números totais do ano, extrapolando o valor de Dezembro de 2009 com os acumulados já conhecidos de 2010 verificamos que deverá totalizar um número próximo dos 37,4 mil dormidas nas unidades hoteleiras de Portugal. Trata-se de um número próximo a 2006, mas longe das quase 40 mil dormidas de 2007 e das mais de 39 mil dormidas de 2008. Em 2009 andou próximo das 36,5 mil dormidas.
Em relação ao caso específico do ano passado, a Madeira passou, na realidade, por contra-tempos que marcaram os números do turismo, com especial incidência devido ao mau tempo de Fevereiro.
Contudo, o Verão já revelou sinais de alguma recuperação, em especial do mercado inglês, um dos principais para o destino Madeira.

Pelos números que o Instituto Nacional de Estatística revela, vê-se que muitas camas disponíveis na hotelaria madeirense ficaram por preencher. Mas esse não foi um problema que a conjuntura afecturou unicamente a Madeira. Também o País foi afectado. E muito.
E, se formos analisar os últimos dados do INE, referentes ao mês de Novembr de 2010, verificamos que utilizar a Madeira como exemplo de um ano negativo, poderá não ser o mais adequado. Em primeiro lugar, em consideração por tudo o que o destino enfrentou e ultrapassou o ano passado. Mas, mais do que isso, porque, uma análise fria dos números de Novembro mostra que, afinal, existem regiões turísticas entre nós que mostram dados menos positivos.

As 332,5 mil dormidas na Madeira de Novembro revelam uma perda de 5,1% em relação a período homólogo de 2009. Mas a média nacional também recuou.
Mas, por exemplo, na taxa de ocupação, embora não seja a desejável, na Madeira foi de 40,5%, com um acumulado do ano de 49,4 por cento.
A média nacional de ocupação foi de 25,9%. Os Açores e o Algarve não passaram dos 18,5% e 19,7%, respectivamente.
Na estadia média, a Madeira voltou novamente a ser a melhor com 5,3 noites por turista. A média nacional foi de 2,5 noites.
Nos proveitos totais, o abrandamento acabou por se reflectir com um abaixamento de 5,4%, pese embora a média nacional tenha baixado e os Açores tenham perdido quase 10% e o Algarve 5,7 por cento.

Finalmente, o Revpar (receita por quarto disponível). Enquanto a média nacional foi de 18,4 euros por quarto, a Madeira registou 21,1 euros, sendo que o acumulado de Janeiro a Novembro foi de 27,76 euros.
Melhor que a Madeira, só Lisboa, com 34,4 euros.

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