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Estudante diz que encher aviões deve ser preocupação de todos


A secretária regional do Turismo e Transportes deixa claro que encher os aviões tem de ser uma preocupação de todos. Conceição Estudante recorda que as entidades públicas envolvidas no processo viabilizaram uma série de operações aéreas com os fundos que foram criados para o efeito e complementa que, se quiser ser radical diria que componente pública estava preenchida.
Os números do Turismo na Madeira em 2010 não foram dos mais favoráveis. Com alguma normalidade, algumas vozes falam deles e atiram as culpas para o Governo. O que pergunto é até onde vai a quota de responsabilidade do Governo nesta matéria e o que não se diz em abono da verdade?

Em relação a 2010, existem circunstâncias completamente anómalas que têm que ser trazidas para a análise do que aconteceu em termos de ano turístico. Falar de 2010 como sendo um ano normal não tem cabimento.

Já tive oportunidade de dizer na intervenção que fiz na discussão do Orçamento Regional para 2011 que, não ter em consideração os factos que aconteceram fora e na Região, sepeca por defeito.

E, na grande maioria das situações não há culpas a atribuir a ninguém. Há que reconhecer os efeitos que determinadas causas provocaram. E essas causas, infelizmente para nós, sucederam-se umas às outras. Quando comecávamos a recuperar de uma e a ganhar balanço para o crescimento, voltávamos para trás.

Por isso, considero que o problema da culpa é sempre inútil por princípio.

O que devemos ter é objectividade suficiente e lucidez e bom senso, que muitas vezes falta, para ver o que aconteceu e o porquê.

Refere-se a situações como o 20 de Fevereiro...

Não tenho dúvidas nenhumas que o 20 de Fevereiro foi a circunstância mais marcante e com consequências mais gravosas. Não só pela próprio acontecimento em si ...

... como pela “chuva” de notícias que terão feito mais estragos no destino do que a própria chuva...

Exactamente. Todo o repisar de imagens que se fez a nível interno e externo teve um efeito negativo que não hipótese de esquecer e desvalorizar. É um facto que os próprios operadores turísticos de todo o lado mencionam: a proliferação das imagens que tem efeitos perversos na memória das pessoas.

E depois houve uma série de acontecimentos que são do conhecimento de todos como os dois episódios das nuvens, o dos incêndios, os nevões... E inclusivamente agora, no último mês do ano, onde existiam expectativas de crescimento no último mês do ano, mas acabaram por ser goradas sobretudo de mercados prinicpais para o destino como os de Inglaterra e da Alemanha, os países mais afectados pelo nevão na Europa. Isto levou não só aos cancelamentos do próprio momento como motivou ao retrocesso de reservas que estavam feitas.

Neste âmbito, entendo que 2010 é um ano que não serve de exemplo nem deverá servir de fundamento para qualquer conclusão que não seja aquela que nos leva a reagir e a colocar em marcha mecanismo de reposição de imagem, de divulgação e de promoção de vendas.

De qualquer forma, em 2010, houve algumas recuperações como aconteceu com o mercado inglês.

Não existem ainda os dados fechados, mas os meses de Verão já tiveram movimentos superiores a 2009. Há indícios claros de que mercados como o inglês e o alemão estão com capacidade de recuperação.

Tudo indica que aquilo que foi feito está a produzir resultados.

Agora é preciso ir continuando a aferir o que está a acontecer. Estamos muito próximos dos acontecimentos e não existem dados integrais que nos permitam conclusões.

No entanto, ainda durante a última edição do World Travel Market é que existe um optimismo moderado relativamente ao próximo Verão.

E o mercado português? Era difícil superar o bom crescimento de 2009...

Era. Crescemos em 2009 dois dígitos, que vem contrariar uma tendência anterior de decréscimo. Arrancamos numa situação em que o mercado português estava a diminuir. Mesmo assim, existem meses de 2010 que, quando comparados com períodos homólogos do ano anterior, são superiores, como Setembro e Outubro.

Neste sentido, pegar no ano de 2010 e torná-lo um paradigma de qualquer coisa, na minha perspectiva é errado.

Tem falado na existência de lugares disponíveis nos aviões que precisam ser preenchidos. Tem de ser um esforço conjunto da promoção institucional, dos privados do destino assim como dos operadores?

Tem de ser uma preocupação de todos. Mas é evidente que se trata da comercialização. As entidades públicas envolvidas no processo viabilizaram uma série de operações aéreas com os fundos que foram criados para o efeito. Se quiser ser radical diria que componente pública estava preenchida. Mas não perfilho essa teoria. Entendo que devemos trabalhar permanentemente em conjunto, mesmo quando se trata da comercialização.

Estou a lembrar-me dos dois voos da Tui que foram negociados por mim, pela Direcção Regional de Turismo, pela AP... Houve um envolvimento muito grande de todos os parceiros públicos, onde também se incluiu a ANAM, o Turismo de Portugal... Houve necessidade de ajustar os mecanismos criados para as operações feitas para a Madeira.

Daí dizer que a componente pública fez o seu papel. Mas nunca fica concluído se depois não tem uma evolução na venda.

Por isso é que se continuam a fazer campanhas, apostas com os operadores numa amalgama de diferentes acções no terreno, junto do consumidor final e dos operadores, quer fisicamente quer através da internet.Há muita coisa que está a ser feita para potenciar as vendas.

Mas tudo tem tido contra-tempos que não tem nada a ver com mecanismos de apoio à promoção. Antes se deve a causas naturais que têm impedido que a venda se faça de forma mais expedita.

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