728x90_Home_Active Campaign ]]> - - </![cdata[http:> - - </![cdata[https:> </?xml>

últimas notícias

O Volcán del Teide por dentro

O Volcán del Teide é um ferry com umas dimensões surpreendentes. Na realidade, começa por ser o maior em duas vertentes: para o armador, a naviera Armas, e para os estaleiros que repara e constrói os seus navios há 15 anos. E foi isso mesmo que tivemos oportunidade de ver anteontem no dia do seu lançamento à ria de Vigo, em Espanha.

Uma visita a bordo no dia em que ia ser lançado ao mar evidenciou essas dimensões enormes. Tanto no espaço que será dedicado aos passageiros, como para a carga rodada. No entanto, tudo ainda está vazio no interior. O que por lá estava encontrava-se amarrado para não voar quando o navio deslizasse para a água. Agora ainda há muito trabalho a fazer nesta construção que começou a ser materializada há cerca de 10 meses, com turnos de 24 horas, e com pouco descanso ao fim-de-semana.

Ao seu lado, ainda sem nome, está o ferry gémeo, que poderá agora, com a sua saída, ver vestido o lado estibordo porque não havia espaço para o fazer enquanto o Volcán del Teide lá estava.

No tamanho, só a nível de passageiros estamos a falar em cerca do dobro do Volcán de Tijarafe que faz as actuais ligações entre Canárias, Madeira e Algarve. No limite poderá transportar 2.000 passageiros o que encheu de orgulho Antonio Armas, filho, vice-presidente da empresa, que nos acompanhou na visita ao navio ainda em terra firme. Contudo, a lotação normal será de 1.500 pessoas, para poderem usufruir das máximas condições de conforto.

Quanto a características principais, temos um comprimento de 175,70 metros, 26,40 metros de largura e 6,40 metros de calado. Tem 11 convés.

Vai poder desenvolver, com os seus potentes motores Man, 24 nós, o que é considerado uma velocidade elevada para um navio.

Depois de lançado a umas águas calmas na maré cheia, o ferry sossega agora no molhe dos estaleiros onde já noite dentro era visível luz, o que traduz que o trabalho continua. Agora é tempo de acabar e depois fazer rumá-lo aos estaleiros de Viana do Castelo, em Portugal, onde será pintado. Antonio Armas, pai, confidenciou-nos que irá pelos seus próprios meios e não a reboque como alguns media transmitiram.

Quanto à sua utilização quando for entregue ao armador no final do ano, tudo está em aberto e vai depender de alguns resultados. Isto quer dizer que poderá ser utilizado na actual linha da Madeira, na nova a lançar para a área de Lisboa, ou ainda noutra linha.

Uma nota final para fazer referência a estas últimas imagens que dizem respeito ao lançamento do navio à água. Depois de tudo, ou quase tudo, tirado sob o ferry, acabaria por ficar ligado a terra por um ferro na proa. Depois de ser benzido, começou o corte. A determinado momento é dada ordem para lançar a garrafa e puff. Ou melhor, mais puff e puff, porque a garrafa de champanhe só quebrou à terceira vez.

O passo seguinte foi deslizar suave sobre banha até ao mar.

Sem comentários