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Madeira Palácio a passo de caracol

O Grupo Fibeira estará em negociações com as cadeias internacionais Hilton e Sheraton, mas ainda não há qualquer tipo de compromisso. Acácio Pinheiro, administrador do grupo, confirma a existência de contactos entre as partes, mas também optou por não dar mais pormenores sobre o assunto, sublinhando que são «apenas negociações», pelo que mais pormenores só serão conhecidos nos próximos meses.

Recorde-se que o Hotel Madeira Palácio foi inaugurado em 1972, sob a gestão do grupo norte-americano “Hilton”. Aliás, foi a primeira unidade da marca em Portugal, no mesmo ano em que outra marca, também multinacional, se estabeleceu na ilha: a “Sheraton”, que entretanto acabou por dar lugar ao Pestana Madeira Carlton, mas que agora se mostra interessada em regressar à Região.
Entretanto, sobre o Madeira Palácio, a Câmara do Funchal assegurou ontem ao JM, pela voz de João Rodrigues, que «desde que o projecto – seja o que já foi licenciado ou outro novo – venha dentro dos parâmetros que estão previstos no plano de pormenor da Praia Formosa para o local, não há razões para o mesmo não ser deferido». É a reacção às declarações do administrador do Grupo Fibeira que, esta terça-feira, referiu que o projecto estaria dependente do plano de pormenor que a Câmara está a preparar para aquela zona, assim como da inclusão de um “beach club”.
Ontem, em declarações ao Jornal, Acácio Pinheiro explicou melhor a situação. «De facto, houve um projecto que nunca pôde ser executado porque faltam as acessibilidades. Entretanto, caducou. Estamos na expectativa de que haja outro plano de pormenor e resolvam o problema. Agora, não posso fazer uma promenade toda, porque nem sequer é economicamente sustentável», justificou.
«Sempre nos foi sugerido pela Câmara que esperássemos uma melhor definição do plano de pormenor, só que isso nunca mais sai», complementou, precisando que outro dos problemas está no impasse que se verifica nos terrenos onde antes estava implantado o posto de combustíveis da Shell. «A Câmara tem vindo a admitir que possa ter de alterar e, nessa altura, o nosso caso terá que ser revisto. Por isso, nós temos um acordo entre cavalheiros e vamos aguardando que essa circunstância nos permita voltar a apresentar um projecto», frisou Acácio Pinheiro que, todavia, se mostrou muito satisfeito pelas declarações de João Rodrigues. «Não era bem a indicação que eu tinha. Mas, se assim for, melhor», afirma.
Confrontado com estas declarações, João Rodrigues, vereador com o pelouro do urbanismo e planeamento, foi peremptório: «Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Há um plano aprovado para os terrenos do Welsh e da Shell, com todas as premissas indicadas. Se forem cumpridas, também é aprovado qualquer projecto para o local. Mas, como é uma área grande, e se por acaso o promotor que quiser investir pretender alguma alteração áquilo que está previsto, estamos cá para equacionar e, se acharmos que é de maior interesse para a cidade, reflectir as alterações», frisou».

Obra está atrasada e licenças vão caducar

A outro nível, e durante a conversa que mantivemos com Acácio Pinheiro, também ficou claro o lamento do administrador da Fibeira relativamente ao andamento do projecto. «Isto está muito lento. A obra recomeçou em Setembro, mas não anda», disse. «Estamos a tentar pressionar o empreiteiro para que as coisas andem mais depressa, mas a obra está meio morta. Estão cá meia dúzia de pessoas e deviam cá estar uma centena», lamentou.
O nosso interlocutor confessa que está a ficar complicado porque as próprias licenças de construção começam a caducar. «Tenho aqui uma, por exemplo, para fazer a remodelação do hotel que me acaba a 2 de Março. Vou ter de chegar ao dia e suspender tudo porque a licença acabou e o empreiteiro não fez a obra», prosseguiu.
Quanto à intenção de construir um “beach club”, notícia que o JM avançou em primeira mão em Março de 2008, diz que há muitas complicações, todas elas relacionadas com acessibilidades. «Tenho dificuldades em construir um elevador porque não me deixam encostar, praticamente, ravina. Não posso fazer nenhum acesso pedonal porque a protecção do ambiente não me deixa descer a ravina. Também não posso lá chegar por terra porque o mar levou a promenade. Ora, eu não vou desembarcar de barco. Tenho de ter condições de acessibilidade para lá poder construir seja o que for. Não basta a Câmara aprovar, uma vez que não tenho lá as condições que outros departamentos querem», afirmou.

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