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Savoy fecha e dispensa 99 trabalhadores

Ontem foi um dia duplamente marcante para a hotelaria madeirense. Um dos seus ex-libris fechou as portas para nunca mais abrir. O Savoy vai abaixo para dar lugar a um novo empreendimento hoteleiro, cuja imagem dá uma ideia do que aí vem. Neste mesmo dia, os trabalhadores do hotel foram convocados para uma reunião, às 14 horas, que dizem desconhecer antecipadamente o teor. Vieram depois a saber pela administração que se tratava do anúncio sempre lamentável de um despedimento colectivo.

Sem qualquer comunicação que não a verbal, os trabalhadores souberam ainda que têm reuniões marcadas para hoje e amanhã com o intuito de conhecerem as condições propostas pela empresa Siet Savoy, dona do cinco estrelas. Além disso, ontem mesmo os 99 trabalhadores dispensados foram convidados a levarem o que tinham nos seus cacifos.
Preocupado com a situação, ao fim do dia, o secretárrio regional dos Recursos Humanos confirmou a entrada nos serviços sob a sua tutela do processo de despedimento colectivo.
Lamenta que tal conteça com esta decisão empresarial à qual garante que o executivo vai dar o acompanhamento que está previsto na Lei. Neste âmbito, deixou bem claro que o Governo Regional está preparado para dar todo o apoio aos trabalhadores envolvidos.
Mais adianta Brazão de Castro que é conhecido que o hotel vai ser demolido e substituído por um novo. Por isso, manifestou o desejo que gostava que decorresse da maneira mais célere possível para que “tão rápido quantro possível possa voltar a reintegrar trabalhadores”.

Cumprimeno integral à disposições legais

Pela parte da administração, em comunicado, o grupo garante que irá dar cumprimeno integral à disposições legais e proporcionar a todos os trabalhadores, cuja relação laboral termine em consequência do encerramento do hotel Savoy, as condições financeiras e sociais que lhes são legalmente devidas.
Não obstante, ao final da tarde era visível grande consternação estampada nos trablhadores com 10, 20, 30, 40 e muitos mais anos de Savoy a sairem magoados . Alguns não conseguiram esconder lágrimas que bordejavam os olhos vermelhos de desgosto.
Albino Freitas, empregado de restaurante não se conformava com a ironia de ter sido há uma semana escolhido comoo “Empregado do mês”. Uma distinção que diz ter recebido ontem o prémio complementar com o despedimento. Embora ainda jovem, lamenta que colegas seus, com mais de 40 anos de casa, que considera terem contribuído para levar longe o nome do Savoy se vejam agora a braços com o desemprego.
Outros mais lamentavam que a administração tenha garantido há pouco tempo que os postos de trabalho estavam salvaguardados.

Os últimos clientes

De uma forma generalizada o que se notou em alguns dos trabalhadores com quem falamos é que havia a esperança de virem a ser reintegrados nos outros hotéis do Grupo, o Royal Savoy, de cinco estrelas, e o Royal Garden, de quatro, até que o “novo” Savoy fosse erguido.
Pela parte sindical, Adolfo Freitas fez uma espécie de ponto de situação com os trabalhadores que circulavam num mar de lamentos na zona sul do hotel, onde, aliás, se fazia a entrada dos quadros do hotel. De uma forma global manifestou que a estrutura sindical estava a acompanhar o processo e evidenciou que os trabalhadores que não concordem com condições que venham a ser propostas pela empresa não são obrigados a assinar documento algum. Mais adiantou que o sindicato tem já um advogado a acompanhar o processo e a prestar todo o apoio necessário.
Quanto a clientes, ontem foi o dia de ter os últimos. Dialogamos com um casal de dinamarqueses, que há 30 anos vinha à Madeira, embora apenas sete vezes e que esta fora a primeira que ficaram no Savoy. Em relação à demolição do hotel não deram especial importância.

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