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Porto Bay com melhor ano de sempre na Madeira

António Trindade, presidente do grupo hoteleiro português Porto Bay, com unidades na Madeira, Algarve e Brasil, não podia fazer um balanço mais positivo de 2008 em todas as áreas em que está implantado, mas sem deixar de incluir um “até agora”, embora garanta que “o grupo está preparado para o que possa acontecer em termos de mundo”.

Reconhecidos como fazendo parte dos hotéis com as mais elevadas taxas de ocupação na Madeira, onde conta com os The Cliff Bay, Porto Santa Maria, Hotel Porto Mare, Suite Hotel Eden Mar e The Residence, o grupo Porto Bay lançou-se em novos desafios a partir do ano passado, com a compra no início de 2007 de um hotel no Rio de Janeiro (actualmente o Porto Bay Rio Internacional), a que seguiu uma pousada em Búzios (actualmente o Porto Bay Glenzhaus) e, a 9 de Maio deste ano, a abertura do Porto Bay Falésia, sua primeira unidade em Portugal continental.
“Apesar de todas as incertezas a nível internacional, 2007 foi o nosso melhor ano de operação”, dizia António Trindade ao PressTUR quando da abertura do Porto Bay Falésia, complementando que em 2008 “os resultados obtidos até ao final de Abril permitem antever um ano pelo menos idêntico ao anterior”. Essas previsões, pelo menos até Outubro, foram superadas.
António Trindade, em declarações ao PressTUR durante a ABAV, que decorreu no Rio de Janeiro em finais do mês passado, avançou que na Madeira o grupo registava “o melhor ano de sempre”, que no Algarve, com uma taxa de ocupação de 85%, o grupo ficou “muito acima das expectativas que tínhamos” e no Rio de Janeiro também está “com o melhor ano”, tendo uma taxa de ocupação de 87%.


António Trindade, porém, não abandona um discurso cauteloso.
Aliás, começa mesmo por um “em primeiro lugar o grupo está preparado para o que possa acontecer em termos de mundo”, frisando que o balanço é “até agora” e que há consciência plena dos desafios que o momento actual coloca.
“Estamos de certo modo contentes com o que tem acontecido, mas também preparados para o que possa vir [a acontecer]” diz, sublinhando que “no momento presente é muito difícil encontrar qualquer teoria que possa sustentar o que é que vai acontecer, pelo menos em princípios de 2009”.
O grupo ainda não sente sinais de abrandamento da procura, como o atesta António Trindade, ao indicar que “ainda apresenta taxas de ocupação para os próximos meses superiores a igual período do ano passado”.
Mas esse quadro, para o empresário, merece uma análise mais fina.
Por um lado, observa, “é evidente que este volume de reservas que ainda se sente é algo que foi feito há um ou dois meses”.
Por outro, acrescenta, “o que sentimos no momento presente é um outro fenómeno”, que se expressa por “alguma tendência para decréscimo” dos clientes directos e “algum recrudescimento do movimento da operação turística” [clientes que optam pela compra de pacotes em agências e operadores turísticos].
“O que acontece é que sentimos que os nossos dois maiores operadores têm no momento presente números que em termos globais estão relativamente estáveis em relação ao ano passado. Mas por exemplo o mercado do Reino Unido apresenta para nós um aumento [dos clientes] da operação turística, o que não aconteceu ao cliente directo”, especificou António Trindade, avançando: “Julgo que isto terá de certo modo que ver com a confiança que o cliente final deposita na grande distribuição”.


“Isto a tem ver com esse ambiente de confiança, mas também com algo que é muito importante também, que é uma quebra nas acessibilidades para a Madeira”, prosseguiu.
António Trindade calcula que “haverá perto de dez mil lugares [de avião] que são retirados neste próximo Inverno para a Madeira”, embora observe que sendo um decréscimo da oferta não se pode inferir uma queda da procura.
Para o empresário esse decréscimo decorre de esforços de optimização da oferta aérea por parte de operadores turísticos.
“Está-se a repetir na Madeira o que já aconteceu no Algarve. Os operadores turísticos tinham a sua capacidade de transporte afecta ao TI [operação turística], mas também tinham colocado seat-only no mercado. O que acontece é que, sentindo que não eram suficientemente concorrenciais na venda do lugar directo, preferem retirar esses lugares do mercado para terem uma maior garantia no TI”.
“Isto é algo que aconteceu de certo modo no Algarve e que as pessoas não prestaram a suficiente atenção e que está a acontecer na Madeira”, comenta António Trindade que sublinha ainda que embora esse movimento tenha provocado “um decréscimo [da oferta de lugares de avião] em termos absolutos”, por outro lado, os operadores turísticos estão com “melhores ocupações na venda de pacotes”.

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