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Carlos Paneiro: Liberalização na Madeira é muito positiva para a TAP

Que análise comercial faz da TAP aos quase três meses de liberalização do espaço aéreo da Madeira?
Carlos Paneiro — Comparativamente ao ano passado, em Maio, tivemos um crescimento no número de passageiros na ordem dos 27%. Em Junho, foi de 22%. Para Agosto, Setembro e Outubro, temos uma situação muito positiva em termos de reservas, com um crescimento na linha Lisboa-Funchal na ordem dos 10% em Agosto e 30% em Setembro e em Outubro.
Na linha Porto-Funchal temos mais 36% de reservas para Agosto, 32% para Setembro e 51% para Outubro.

E como tem sido o crescimento corrido para a Madeira de outros mercados, utilizando o hub de Lisboa?
Em Junho deste ano, e voltando a comparar com igual período de 2007, a TAP teve um crescimento de 156% de França, 90% da Alemanha, e 176% de Espanha, onde passamos de 1.156 para 3.198 passageiros...
... Espanha de onde a TAP começou a operar directo este mês...
Começámos realmente a operar aos sábados na rota Madrid-Madeira. Posso-lhe adiantar que está a ser um voo com bastante sucesso.

Com a liberalização, em termos médios, como se comportou a oferta tarifária da companhia na linha da Madeira?
Existem tarifas que começam em 35 euros, num sentido. Depois temos a 49€, 70€, 85€, e por aí fora, até que chegamos aos 215€, mais a taxa de combustível que está em 30€ por sentido e as taxas aeroportuárias.
Depois há que reduzir os 30 euros para o residente, por cada sentido.

Com o mercado liberalizado tem havido alguma mudança de atitude dos passageiros?
Há uma alteração dos hábitos de reserva do passageiro. Começa a fazê-lo com maior antecedência com o intuito de garantir os lugares com os preços mais baixos. Isto porque, obviamente, quando se reserva mais em cima da partida, o preço acaba por ser mais alto, especialmente se estamos a falar em horários com mais procura, com taxa de ocupação mais elevada.
No fundo, esta gestão é comum noutras rotas e igualmente noutras companhias...
É. Estre tipo de gestão dos preços, é igual à que fazemos em todas as linhas da Europa.
Tal como nas outras, na rota da Madeira fazemos a gestão que consideramos mais adequada para garantir o máximo volume de receita e a rentabilização dos voos.

O que diz das críticas que quase rotulam toda a oferta da TAP a preços entre os 400 e os 500€ nas viagens adquiridas em cima da hora?
Isso pode acontecer quando o passageiro faz a reserva em cima da hora para um voo onde, teoricamente, tenha um ou dois lugares vagos, e que, por isso, só encontre essa tarifa disponível. Agora não se pode generalizar.
E o que estamos a assistir é um grande crescimento da procura para a Madeira, o que significa que as pessoas estão a encontrar os preços competitivos.
Esse crescimento deve-se ao mercado liberalizado ao surgimento de novas companhias?
Este quadro de liberalização em que existem preços mais baixos e que viabiliza a entrada de outros concorrentes irá reflectir-se num crescimento do números de pessoas que irão visitar a Madeira, o que pode ser visto como um sinal muito positivo para o desenvolvimento do turismo da Madeira.

Com a entrada anunciada da “low cost” “easyJet” na rota como vai responder a sua companhia? Da mesma forma que na linha de Londres onde apresenta um leque tarifário vasto, começando com preços muito “low cost”?
A TAP está habituada a operar em ambientes de concorrência. Na linha Lisboa-Funchal, vai ser mais uma em que a TAP tem mais concorrência para a qual empreenderemos a estratégia comercial que consideramos a mais adequada em função do novo quadro competitivo.

Além da tradição, valor histórico, com mais de 44 anos a fazer a linha da Madeira, que vantagens aponta para que a companhia continue a merecer a confiança dos madeirenses e igualmente dos continentais e estrangeiros que a utilizam?
O leque de horários da TAP e o número de cerca de 10 frequências diárias, é uma verdadeira ponte aérea.
Sublinho igualmente a qualidade de serviço a bordo e em terra. Tratamos a linha da Madeira da mesma forma que as outras. O padrão de serviço é o mesmo.
Criámos recentemente a vertente tarifária de cinco formas de viajar em que o passageiro que compre a tarifa mais elevada terá acesso a um conjunto vasto de serviços, como o “fast check-in”, o “fast raio-x” e um espaço “primium” privilegiado de atendimento. Criámos também o “TAP Discount” para o passageiro que privilegie o preço.
Através destes produtos conseguimos uma maior sedimentação.

Apesar destes pontos, a TAP admite perder quota de mercado com a entrada de novos “players”, tal como aconteceu há anos com a Air Luxor?
Quando entram novos “players” há um reajustamento nas quotas de mercado. Isso é perfeitamente natural. Mas também acreditamos que a sua entrada neste quadro de liberalização, vai provocar um aumento da procura pelo destino Madeira. Neste quadro, as quotas de mercado terão de se ajustar em função desse maior volume.

Que comentário faz a algumas vozes que dizem que a TAP tinha o monopólio da linha da Madeira?
Há muito tempo que a TAP não trata a linha da Madeira como se de um monopólio se tratasse.
A TAP teve a concorrência bastante agressiva da Air Luxor há relativamente pouco tempo.
Existe uma outra companhia que opera na rota, a SATA, onde, apesar de existir “code-share”, são duas companhias independentes, com estratégias comerciais diferentes. Pelo que, neste caso, não se pode dizer que a TAP e a SATA são a mesma coisa.
Também temos “code-share” com a Lufthansa para a Alemanha, e as duas companhias não são igualmente a mesma coisa.

Há quem aponte que a SATA “concerta” preços com a TAP...
Nego totalmente. Não tem qualquer fundamento. Aliás, isso nem é posssível.

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